Sur le journalisme, About journalism, Sobre jornalismo

Inclusão no Jornal da Cultura

2023-06-14T16:24:44-03:00

PT. Em novembro de 2017, ocorreu a primeira aparição da janela de Libras, a Língua Brasileira de Sinais, no Jornal da Cultura, principal produto de telejornalismo da TV Cultura. Trata-se do primeiro e único telejornal com essa forma de acessibilidade para a população surda na televisão aberta brasileira. O projeto, porém, ocorreu diante de exigências impostas pelo Ministério das Comunicações e pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. Este artigo é um estudo de caso do projeto de acessibilidade mencionado, buscando saber de que maneira se deu a implementação de Libras no telejornal, quais foram as suas motivações e como a instituição se adaptou para isto. A descrição do caso também propõe-se a compreender como a necessidade por inclusão -- neste caso, a inclusão da população surda -- se movimenta no contexto de uma emissora de televisão brasileira que, embora possa ser considerada pública, também é dirigida conforme a racionalidade econômica vigente. Para tanto, o estudo foi desenvolvido a partir de categorias da Economia Política da Comunicação (EPC), voltadas à descrever as formas estruturais responsáveis pela produção, distribuição e troca de produtos de comunicação. Por meio de entrevistas, de visitas à emissora, de um levantamento da legislação brasileira quanto à acessibilidade e do estudo do modelo organizacional da Fundação Padre Anchieta, chegou-se à conclusão de que a acessibilidade só foi possível com a indução por políticas pública, mesmo em uma organização sem fins lucrativos, como é o caso da TV Cultura, cujo modelos organizacional e institucional impactam diretamente na reprodução do projeto de acessibilidade. Assim sendo, discute-se quanto ao impasse de elaborar projetos de acessibilidade no conteúdo jornalístico diante da racionalidade econômica e neoliberal que gerencia o mercado de comunicação no Brasil, inserindo o debate sobre inclusão em um mais abrangente: o do direito à comunicação e à informação.

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ES. En noviembre de 2017, la ventana de Libras, la Lengua Brasileña de Señas, apareció por primera vez en el Jornal da Cultura, el principal producto periodístico televisivo de TV Cultura. Se trata del primer y único noticiero con esta forma de accesibilidad para la población sorda en la televisión abierta brasileña. Sin embargo, el proyecto surgió como respuesta a las exigencias impuestas por el Ministerio de Comunicaciones y la Ley Federal de Incentivo a la Cultura. Este artículo es un estudio de caso del mencionado proyecto de accesibilidad, con el objetivo de investigar cómo se implementó Libras en el noticiero, cuáles fueron sus motivaciones y cómo la institución se adaptó para llevarlo a cabo. La descripción del caso también pretende comprender cómo la necesidad de inclusión – en este caso, la inclusión de la población sorda – se manifiesta en el contexto de una emisora de televisión brasileña que, si bien puede considerase pública, también es gestionada de acuerdo con la racionalidad económica vigente. Para ello, el estudio se desarrolló a partir de categorías de la Economía Política de la Comunicación (EPC), con el objetivo de describir las formas estructurales responsables de la producción, distribución e intercambio de productos de comunicación. A través de entrevistas, visitas a la emisora, el relevamiento de la legislación brasileña sobre accesibilidad y el estudio del modelo organizacional de la Fundación Padre Anchieta, se llegó a la conclusión de que la accesibilidad solo fue posible con la inducción de políticas públicas, incluso en una organización sin ánimo de lucro, como es el caso de TV Cultura, cuyos modelos organizacionales e institucionales tienen un impacto directo en la reproducción del proyecto de accesibilidad. Por lo tanto, se discute el dilema de elaborar proyectos de accesibilidad al contenido periodístico frente a la racionalidad económica y neoliberal que gestiona el mercado de la comunicación en Brasil, insertando el debate sobre la inclusión en una discusión más amplia sobre el derecho a la comunicación y a la información.

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FR. En novembre 2017, la langue des signes brésilienne (Libras) apparaissait pour la première fois à l’écran du Jornal da Cultura, le principal programme de journalisme télévisé de la chaine TV Cultura. C’est le premier et le seul journal TV diffusé en clair au Brésil à garantir une telle accessibilité à la population sourde. Ce projet a cependant découlé d’exigences établies par le ministère des Communications et par la loi fédérale d’incitation à la culture. Nous présentons ici une étude de cas sur ce projet d’accessibilité, visant à savoir comment la présentation en Libras a été mise en place au sein de ce journal télévisé, avec quelles motivations, et à comprendre la façon dont l’institution s’est adaptée en conséquence. L’objectif était également de saisir comment le besoin d’inclusion – en l’occurrence de la population sourde – se traduit dans le contexte d’une chaîne de télévision brésilienne qui, bien que considérée comme publique, n’en est pas moins gérée selon la rationalité économique prévalente. Pour ce faire, l’étude a été conçue sur la base des catégories de l’économie politique de la communication (EPC), qui visent à décrire les formes structurelles responsables de la production, de la distribution et de l’échange des produits de communication. Au moyen d’entretiens, de visites des locaux de la chaine TV, d’une revue de la législation brésilienne en matière d’accessibilité et d’une étude du modèle organisationnel de la fondation Padre Anchieta, nous concluons que l’accessibilité n’a été possible que sous l’impulsion de politiques publiques, et ce même dans une organisation à but non lucratif telle que TV Cultura, dont les modèles organisationnels et institutionnels ont un effet direct sur la reproduction du projet d’accessibilité. Nous discutons ainsi de la difficulté majeure à élaborer des projets d’accessibilité des contenus journalistiques, au vu de la rationalité économique et néolibérale qui régit le marché de la communication au Brésil, tout en replaçant le débat sur l’inclusion dans un cadre plus large : celui du droit à la communication et à l’information.

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EN. In November 2017, the first Brazilian sign language interpreter appeared on Jornal da Cultura (Culture News), a television news program running on TV Cultura, a Brazilian public television network. This is the first and only news program to include this form of accessibility for the deaf on Brazilian public television and was made possible by the Ministry of Communications and the Culture Incentive Law. This article is a case study on the accessibility of sign language and its implementation in the aforementioned news program, the motivations behind its inclusion, and what adjustments the network had to make. This case study also aims to understand the need for inclusion -- in this case, the inclusion of the deaf population -- on a Brazilian television station that, although public, is also managed according to the current economic rationality. In this respect, this study was developed based on elements of the Political Economy of Communications (EPC) in order to describe the structural forms behind the production, distribution, and exchange of communication products. After conducting a series of interviews, visits to the broadcaster, an overview of Brazilian legislation on accessibility and the Padre Anchieta Foundation’s organizational model, we found that accessibility could only occur through public policies, even for a non-profit organization such as TV Cultura whose organizational and institutional models directly impact this accessibility. Therefore, there are discussions about developing accessibility projects for news programs considering the economic and neoliberal rationality that is so prevalent in the communications market in Brazil, which leads to a larger debate on inclusion: the right to communication and information.

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Especificidades regionais no debate sobre jornalismo e engajamento climático

2023-07-13T15:44:17-03:00

PT. O jornalismo é uma das principais arenas de enfrentamento da crise climática por seu comprometimento com o interesse público e pela veiculação de informações que baseiam decisões cotidianas dos sujeitos. Este artigo se debruça sobre as particularidades observadas em um estudo de recepção realizado no Brasil em 2022, com foco no consumo jornalístico, com 60 jovens ativistas sobre jornalismo e engajamento climático. O objetivo foi identificar diferenças nas leituras e compreensões sobre a atuação do jornalismo entre participantes das cinco regiões brasileiras – Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul – de acordo com a perspectiva do consumo cultural (García Canclini, 2006). A partir da realização de dois grupos focais (Gatti, 2005) por região brasileira e da posterior Análise de Conteúdo (Bardin, 2014) dos dados coletados, identificamos aspectos específicos de cada região, a partir do método comparativo (Marconi & Lakatos, 2003). A análise demonstra a necessidade de se considerar de forma mais próxima os contextos locais/regionais dos públicos para direcionamento de estratégias de mobilização mais efetivas. O jornalismo local ou regional (Dornelles, 2012) deve considerar as particularidades do consumo de informações pela população jovem, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Os participantes dessas regiões se sentem pouco representados por coberturas realizadas a partir do Sudeste, região onde se concentram profissionais e veículos jornalísticos. Ativistas das regiões Norte e Nordeste também apontam a dificuldade de acesso a informações sobre sua realidade, seja por indisponibilidade de dispositivos ou conexão de internet, seja pela inexistência de veículos jornalísticos locais – o que configura os desertos de notícias (Atlas da Notícia, 2023). Além da descentralização da cobertura jornalística, os jovens ativistas defendem maior visibilidade para soluções locais e práticas das comunidades tradicionais e de povos originários. Apresenta-se a perspectiva do jornalismo ambiental (Loose & Girardi, 2017) como possibilidade de qualificar a cobertura regional sobre questões climáticas, pois esta preconiza a conexão entre as esferas local e global para que o público compreenda a complexidade dos fenômenos.

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ES. El periodismo es uno de los principales espacios para abordar la crisis climática debido a su compromiso con el interés público y la difusión de información que sustenta las decisiones cotidianas de las personas. Este artículo trata de las particularidades observadas en un estudio de recepción, enfocado en el consumo periodístico, realizado en Brasil en 2022 con 60 jóvenes activistas sobre periodismo y compromiso climático. El objetivo fue identificar diferencias en las lecturas y comprensiones sobre la actuación del periodismo entre participantes de las cinco regiones brasileñas – Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste y Sur – según la perspectiva del consumo cultural (García Canclini, 2006). A partir de dos grupos focales (Gatti, 2005) por región brasileña y del posterior análisis de contenido (Bardin, 2014) de los datos recopilados, se identificaron aspectos específicos de cada región utilizando el método comparativo (Marconi & Lakatos, 2003). El análisis demuestra la necesidad de considerar más de cerca los contextos locales/regionales de los públicos para orientar estrategias de movilización más efectivas. El periodismo local o regional (Dornelles, 2012) debe tener en cuenta las particularidades del consumo de información por parte de la población joven, especialmente en las regiones Centro-Oeste, Norte y Nordeste. Los participantes de estas regiones se sienten poco representados por las coberturas realizadas desde el Sudeste, región donde se concentran los profesionales y medios periodísticos. Los activistas de las regiones Norte y Nordeste también señalan la dificultad de acceso a información sobre su realidad, ya sea por la falta de disponibilidad de dispositivos o de conexión a internet, o por la inexistencia de medios periodísticos locales – lo que configura los desiertos de noticias (Atlas da Notícia, 2023). Además de la descentralización de la cobertura periodística, los jóvenes activistas defienden una mayor visibilidad para soluciones locales y prácticas de las comunidades tradicionales y pueblos originarios. Se presenta la perspectiva del periodismo ambiental (Loose & Girardi, 2017) como posibilidad para cualificar la cobertura regional sobre cuestiones climáticas, pues esta recomienda la conexión entre las esferas local y global para que el público comprenda la complejidad de los fenómenos.

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EN. Journalism is one of the main arenas used for addressing the climate crisis due to its commitment to public interest and dissemination of information that people base their everyday decisions on. This article focuses on the differences observed in a reception study on news consumption (journalism and climate engagement) with 60 young activists conducted in Brazil, in 2022. The objective was to identify the different readings and understandings about the role of journalism among our study participants, based on the perspective of cultural consumption (García Canclini, 2006). These participants came from five regions of Brazil – the North, Northeast, Midwest, Southeast and South. We first conducted two focus groups (Gatti, 2005) per Brazilian region, which were followed up by a Content Analysis (Bardin, 2014) of the collected data. This allowed us to then use the comparative method to identify specific aspects of each region (Marconi & Lakatos, 2003). The analysis showed the importance of considering the local/regional contexts of the public more closely in order to establish more effective mobilization strategies. Local or regional journalism (Dornelles, 2012) should consider how youths consume information, particularly in the Midwest, North and Northeast regions. Participants from these regions feel underrepresented by news coverage from the Southeast, a region where a large number of professionals and media outlets are concentrated. Activists from the North and Northeast regions also claim having difficulty accessing information about their reality, whether due to the unavailability of devices or internet connection, or a lack of local news outlets – a characteristic of news deserts (Atlas da Notícia, 2023). In addition to the decentralization of news coverage, young activists advocate for greater visibility of local solutions and traditional communities and indigenous peoples. Environmental journalism (Loose & Girardi, 2017) is presented as a way to qualify regional coverage on climate issues as it connects the local and global spheres so that the public understands the complexity of the phenomena.

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FR. Par son attachement à l’intérêt public et à la diffusion d’informations qui étayent les décisions quotidiennes des sujets, le journalisme constitue l’une des principales sphères de lutte contre la crise climatique. Cet article se penche sur les particularités observées lors d’une étude de réception, axée sur la consommation journalistique, menée en 2022 au Brésil auprès de 60 jeunes activistes et portant sur le journalisme et l’engagement en faveur du climat. L’objectif était d’identifier les différentes lectures et perceptions de l’action du journalisme chez les participants des cinq régions brésiliennes – Nord, Nord-Est, Centre-Ouest, Sud-Est et Sud – sous la perspective de la consommation culturelle (García Canclini, 2006). Après avoir organisé deux groupes de discussion (Gatti, 2005) par région brésilienne, puis procédé à une analyse de contenu (Bardin, 2014) des données recueillies, nous avons utilisé la méthode comparative (Marconi & Lakatos, 2003) pour identifier les éléments spécifiques à chaque région. Cette analyse montre qu’un examen plus approfondi des contextes locaux/régionaux des différents publics est nécessaire pour définir des stratégies de mobilisation plus efficaces et ciblées. Le journalisme local ou régional (Dornelles, 2012) doit tenir compte des spécificités de la consommation d’information chez les jeunes, notamment dans les régions Centre-Ouest, Nord et Nord-Est. Les participants de ces régions se sentent mal représentés par la couverture médiatique émanant de la région Sud-Est, où se concentrent les professionnels et les médias journalistiques. Les activistes des régions Nord et Nord-Est pointent aussi les difficultés d’accès aux informations sur leur réalité locale, que ce soit en raison du manque d’appareils ou de connexion internet, ou de l’absence de médias locaux – créant ainsi des déserts d’information (Atlas da Notícia, 2023). Outre une décentralisation de la couverture médiatique, les jeunes activistes revendiquent une plus grande visibilité des solutions locales et des pratiques des communautés traditionnelles et des peuples autochtones. Le journalisme environnemental (Loose & Girardi, 2017) se présente comme une approche possible de couverture médiatique régionale des enjeux climatiques, dans la mesure où celle-ci prône la mise en relation des sphères locales et globales, afin que le public puisse saisir la complexité des phénomènes.

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Telejornalismo de brechas

2023-07-15T22:41:06-03:00

PT. Mesmo com adoção de políticas públicas e ações emergenciais, nos últimos anos, o Brasil continua entre os países mais desiguais do mundo. Há escancarada carência de serviços públicos básicos, com inevitável subtração de direitos, como: moradia, serviços de saúde, educação de qualidade, segurança para ir e vir e salário suficiente para sobrevivência digna. Neste artigo, buscamos refletir sobre a importância do telejornalismo para expor, revelar e exigir ações de autoridades e do poder público. Porém, Lembramos, no entanto, que nem sempre aquilo que o telejornalista propõe como assunto de interesse público, fora da lógica factual diária, é selecionado nas redações, pois há entraves, como conveniências econômicas e políticas do veículo de comunicação e normas editoriais que impõem barreiras. Existem ainda questões estruturais e financeiras, aspectos de luta por espaço e audiência. Este trabalho parte de uma questão: como telejornalistas encontram brechas nas rotinas produtivas para emplacar no formato de reportagens o debate mais aprofundado sobre as desigualdades socioeconômicas brasileiras? Nosso objetivo é explorar o conceito que denominamos de telejornalismo de brechas: um dispositivo acionado para vencer os obstáculos intencionais ou as barreiras orgânicas das redações, buscando espaço dentro do campo jornalístico, para levar ao conhecimento do público assuntos, temas, contextos, conflitos necessários ao entendimento das nossas injustiças sociais e desigualdades socioeconômicas. Para analisar o uso do dispositivo do telejornalismo de brechas foi utilizada como base as Teorias do Enquadramento e do Newsmaking. A noção de enquadramento noticioso foi aplicada a partir dos relatos e entrevistas semiestruturadas sobre as rotinas produtivas dos repórteres Chico Regueira, Bianka Carvalho, Caco Barcellos, Sônia Bridi e Marcelo Canellas. O telejornalismo de brechas se revelou um dispositivo coletivo, que vai da ideia da pauta à edição, marcado pela consciência da necessidade de usar o telejornalismo como um instrumento de transformação social.

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ES. Pese la adopción de políticas públicas y acciones de emergencia en los últimos años, Brasil sigue entre los países más desiguales del mundo. Hay una flagrante carencia de servicios públicos básicos, con inevitable sustracción de derechos como vivienda, servicios de salud, educación de calidad, seguridad para ir y venir y salario suficiente para una supervivencia digna. En este artículo buscamos reflexionar sobre la importancia del teleperiodismo para exponer, revelar y exigir la actuación de las autoridades y del poder público. Sin embargo, debemos recordar que lo que el teleperiodista propone como asunto de interés público, fuera de la lógica factual diaria, no siempre es seleccionado en las redacciones porque existen obstáculos como conveniencias económicas y políticas del medio de comunicación, además de barreras impuestas por normas editoriales. También hay cuestiones estructurales y económicas, aspectos de lucha por espacio y audiencia. Este trabajo parte de una pregunta: ¿cómo los teleperiodistas encuentran brechas en las rutinas productivas para lograr, en formato de reportajes, un debate más profundo sobre las desigualdades socioeconómicas brasileñas? Nuestro objetivo es explorar el concepto que denominamos teleperiodismo de brechas, un dispositivo accionado para superar los obstáculos intencionales o las barreras orgánicas de las redacciones, buscando espacio dentro del campo periodístico para llevar al conocimiento del público asuntos, temas, contextos y conflictos necesarios para comprender nuestras injusticias sociales y desigualdades socioeconómicas. Se utilizaron las teorías del framing y del newsmaking para analizar el uso del dispositivo del teleperiodismo de brechas. La noción de framing noticioso se aplicó a partir de los relatos y entrevistas semiestructuradas sobre las rutinas productivas de los reporteros Chico Regueira, Bianka Carvalho, Caco Barcellos, Sônia Bridi y Marcelo Canellas. El teleperiodismo de brechas se reveló como un dispositivo colectivo, que va desde la asignación de noticias hasta la edición, marcado por la conciencia de la necesidad de utilizar el teleperiodismo como un instrumento de transformación social.

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EN. Even after adopting public policies and emergency actions in recent years, Brazil is still one of the most unequal countries in the world. There is a glaring lack of basic public services coupled with an inevitable loss of rights related to housing, health services, quality education, safety, and a living wage that does not provide a decent way of life. In this article, we reflect on the importance of television journalism in exposing, revealing, and demanding action from authorities and public authorities. However, even though a television journalist may present a certain subject as being of public interest, newsrooms do not always select that subject due to obstacles or barriers such as the economic and political conveniences of media outlets or editorial rules. There are also structural and financial issues involved in competing for space and audience. This paper starts by addressing the following question: How do television journalists find the space in production routines to introduce more in-depth reports on Brazilian socioeconomic inequalities? Our objective is to explore a concept we call gap journalism: an idea to overcome intentional obstacles or organic barriers in newsrooms, to have journalism bring issues, themes, contexts, and disputes to the public's attention that help understand our social injustices and socioeconomic inequalities. We used Framing and Newsmaking Theories to analyze gap journalism. The news framing was based on reports and semi-structured interviews about the production routines of reporters Chico Regueira, Bianka Carvalho, Caco Barcellos, Sônia Bridi and Marcelo Canellas. Gap television journalism is a collective idea, from the agenda to editing, and is characterized by an awareness of the need to use television journalism as an instrument of social change.

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FR. Malgré les politiques publiques et les mesures d’urgence adoptées ces dernières années, le Brésil demeure l’un des pays les plus inégalitaires au monde. Les lacunes en matière de services publics de base sont criantes et se répercutent inévitablement sur des droits tels que ceux au logement, aux services de santé, à une éducation de qualité, à la sécurité d’aller et venir et à un salaire suffisant pour vivre dignement. Cet article présente une réflexion sur l’importance du journalisme télévisé pour exposer, révéler et exiger des actions de la part des autorités et des pouvoirs publics. Rappelons toutefois que ce que le journaliste TV propose comme sujet d’intérêt public, au-delà de la logique quotidienne des faits, n’est pas forcément sélectionné dans les salles de rédaction. En effet, d’autres éléments entrent en ligne de compte et font obstacle, tels que les convenances économiques et politiques du groupe de communication et les normes éditoriales. S’y ajoutent des questions structurelles et financières, ainsi que des enjeux liés à la lutte pour l’espace et l’audience. Ce travail part de la question suivante : comment les journalistes de télévision parviennent-il à ouvrir des brèches dans leurs routines de production pour promouvoir, dans leurs reportages, un débat plus approfondi sur les inégalités socio-économiques brésiliennes ? Notre objectif est d’explorer le concept que nous appelons « journalisme télévisé de brèches » : un dispositif mis en œuvre pour surmonter les obstacles intentionnels ou les barrières structurelles des rédactions, en quête d’un espace au sein du champ journalistique pour porter à la connaissance du public les sujets, les thèmes, les contextes et les conflits nécessaires à la compréhension de nos injustices sociales et de nos inégalités socio-économiques. Pour analyser la façon dont ce dispositif du « journalisme télévisé de brèches » est utilisé, nous nous sommes appuyés sur les théories du cadrage et du newsmaking. La notion de cadrage de l’actualité a été appliquée en partant de récits et d’entretiens semi-structurés sur les routines de production des reporters Chico Regueira, Bianka Carvalho, Caco Barcellos, Sônia Bridi et Marcelo Canellas. Il apparaît que le journalisme TV de brèches est un dispositif collectif, allant de l’idée de sujet jusqu’au montage, marqué par la prise de conscience de la nécessité d’utiliser le journalisme télévisé comme instrument de transformation sociale.

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Telejornalismo cidadão entre a promessa e a efetivação

2024-12-05T11:23:25-03:00

PT. O Telejornalismo Cidadão enfrenta, no Brasil, desafios específicos para sua efetiva implementação, que se diferenciam bastante dos chamados Jornalismo Cidadão e Radiojornalismo Cidadão. Esses obstáculos estão relacionados sobretudo às características do meio televisivo, como a rotina produtiva multiprofissional e multifuncional, os altos custos financeiros e as exigências associadas ao conceito de "TV de Qualidade" (Pujadas, 2013). O presente estudo busca contribuir para a conceituação dessa prática no contexto televisivo nacional, por meio de uma análise bibliográfica quantitativa e qualitativa da produção acadêmica sobre o tema, abrangendo a década de 2010 a 2020. A pesquisa examinou teses, dissertações e artigos apresentados em congressos brasileiros na área de Comunicação Social, utilizando o tagueamento "Telejornalismo" para mapear as discussões. Além disso, adota um Estudo de Caso (Yin, 2001) que, com base na Análise de Conteúdo (Bardin, 1977), investiga as promessas e realizações do Telejornalismo Cidadão, visto como uma prática de resistência e luta no campo jornalístico. O trabalho mapeia e analisa diferentes iniciativas que se apresentam como exemplos de telejornalismo cidadão, explorando diversas modalidades. Entre os casos estudados estão a TV Quilombo Rampa, no estado do Maranhão, a TV Cidadã, em Alagoas, e a TV Kirimurê, um canal público federal na Bahia. Essas iniciativas são analisadas à luz dos conceitos de Telejornalismo Cidadão, com o intuito de entender como esse formato pode superar obstáculos estruturais e se consolidar como uma prática viável no meio televisivo, promovendo maior participação popular e uma cobertura mais inclusiva das questões sociais, envolvendo temas sensíveis e recorrentes como racismo, homofobia, etarismo e misoginia. O estudo também destaca a importância de fortalecer iniciativas locais e independentes de telejornalismo, que se colocam como alternativas às grandes redes comunicacionais, frequentemente voltadas a interesses comerciais, ampliando o acesso à informação e promovendo maior diversidade de narrativas no cenário midiático brasileiro.

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ES. En Brasil, el teleperiodismo ciudadano enfrenta desafíos específicos para su efectiva implementación, que difieren considerablemente de los llamados periodismo ciudadano y radioperiodismo ciudadano. Estos obstáculos están relacionados principalmente con las características del medio televisivo, como la rutina productiva multiprofesional y multifuncional, los altos costos económicos y las exigencias asociadas al concepto de “TV de calidad” (Pujadas, 2013). El presente estudio busca contribuir a la conceptualización de esta práctica en el contexto televisivo nacional mediante un análisis bibliográfico cuantitativo y cualitativo de la producción académica sobre el tema, abarcando la década de 2010 a 2020. La investigación examinó tesis de maestría y doctorado, además de artículos presentados en congresos brasileños en el área de Comunicación Social, utilizando la etiqueta “teleperiodismo” para mapear las discusiones. Además, adopta un estudio de caso (Yin, 2001) que, con base en el análisis de contenido (Bardin, 1977), investiga las promesas y realizaciones del teleperiodismo ciudadano visto como una práctica de resistencia y lucha en el campo periodístico. El trabajo mapea y analiza diferentes iniciativas que se presentan como ejemplos de teleperiodismo ciudadano, explorando diversas modalidades. Entre los casos estudiados están TV Quilombo Rampa, en el estado de Maranhão; TV Cidadã, en Alagoas; y TV Kirimurê, un canal público federal de Bahía. Estas iniciativas se analizan a la luz de los conceptos de teleperiodismo ciudadano, con el propósito de comprender cómo este formato puede superar obstáculos estructurales y consolidarse como una práctica viable en el medio televisivo, promoviendo una mayor participación popular y una cobertura más inclusiva de las cuestiones sociales, que involucre temas sensibles y recurrentes como racismo, homofobia, edadismo y misoginia. El estudio también destaca la importancia de fortalecer iniciativas locales e independientes de teleperiodismo – que se presentan como alternativas a las grandes redes comunicacionales, a menudo orientadas a intereses comerciales – para ampliar el acceso a la información y promover una mayor diversidad de narrativas en el panorama mediático brasileño.

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EN. There are a number of challenges facing the effective implementation of Citizen Telejournalism in Brazil, and they differ greatly from the so-called Citizen Journalism and Citizen Radio Journalism. These obstacles are mainly related to the characteristics of television such as its multiprofessional and multifunctional production routine, its high financial costs, and its demand for the concept of "Quality TV" (Pujadas, 2013). This study aims to better understand this type of journalism in the context of national television, doing so by using a quantitative and qualitative bibliographic analysis of academic productions on the subject between 2010 and 2020. The research involved examining theses, dissertations and articles presented at Brazilian conferences on social communication. The tag "Telejournalism" was used to map the discussions. In addition, the research conducted a Case Study (Yin, 2001) that, based on Content Analysis (Bardin, 1977), investigated the commitments and achievements of Citizen Telejournalism, which tends to be regarded as a practice of resistance and struggle within the field of journalism. This work maps and analyzes different initiatives of citizen telejournalism, and explores different modalities. The cases under study for this paper were TV Quilombo Rampa, in the state of Maranhão, TV Cidadã, in the state of Alagoas, and TV Kirimurê, a federal public channel in the state of Bahia. These initiatives are analyzed in light of the concepts of Citizen Telejournalism, with the aim of understanding how this format can overcome structural obstacles and consolidate itself as a viable practice within the television medium to promote greater public participation and more inclusive coverage of social issues, which include sensitive and recurring themes such as racism, homophobia, ageism and misogyny. This study also highlights the importance of strengthening local and independent television journalism initiatives, which are alternatives to large communication networks that often focus on commercial interests. The goal is to expand access to information and promote a greater diversity of narratives in the Brazilian media landscape.

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FR. Au Brésil, le journalisme télévisé citoyen se heurte à des défis spécifiques pour sa mise en œuvre effective, qui diffèrent grandement de ceux rencontrés par que l’on appelle le journalisme citoyen et le journalisme radiophonique citoyen. Ces obstacles tiennent avant tout aux caractéristiques du média télévisuel, avec notamment une routine de production multiprofessionnelle et multifonctionnelle, des coûts financiers élevés et des exigences liées au concept de « télévision de qualité » (Pujadas, 2013). Cette étude a pour but de contribuer à la conceptualisation de cette pratique dans le contexte télévisuel brésilien par une analyse bibliographique quantitative et qualitative de la production académique sur le sujet, couvrant la décennie 2010-2020. Nous avons examiné un ensemble de thèses, de mémoires et d’articles présentés lors de congrès brésiliens dans le domaine de la communication sociale, en utilisant l’étiquette « journalisme télévisé » pour cartographier les discussions. Nous avons en outre procédé à une étude de cas (Yin, 2001) en nous intéressant, sur la base d’une analyse de contenu (Bardin, 1977), aux promesses et réalisations du journalisme TV citoyen en tant que pratique de résistance et de lutte dans le champ du journalisme. Ce travail répertorie et analyse diverses initiatives qui se présentent comme des exemples de journalisme télévisé citoyen, en explorant plusieurs modalités. Parmi les cas étudiés figurent la TV Quilombo Rampa, dans l’État du Maranhão, la TV Cidadã, dans l’État d’Alagoas, et la TV Kirimurê, une chaîne publique fédérale, dans l’État de Bahia. Ces initiatives sont analysées à la lumière des concepts du journalisme télévisé citoyen, afin de comprendre comment ce format peut surmonter les obstacles structurels pour s’imposer comme une pratique viable dans le domaine télévisuel, qui renforce la participation populaire et assure une couverture plus inclusive des questions sociales, en incluant des thèmes sensibles et récurrents comme le racisme, l’homophobie, l’âgisme et la misogynie. Notre étude souligne aussi l’importance de renforcer les initiatives locales et indépendantes de journalisme télévisé. Elles constituent en effet des alternatives aux grands groupes de communication, souvent guidés par des intérêts commerciaux, pour élargir l’accès à l’information et favoriser la diversité des récits dans le paysage médiatique brésilien.

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Les émotions au sein du commentaire journalistique

2023-05-30T12:49:01-03:00

FR. Cet article analyse la place des émotions dans le commentaire journalistique, un des rares formats où les journalistes peuvent exprimer leurs émotions personnelles. Basé sur des récits de pratiques recueillis lors d’entretiens qualitatifs auprès de journalistes de radio locale en Suisse romande, l’article explore comment les émotions déclenchent, mais aussi freinent le processus de production d’un commentaire. Ce format, rare et coûteux en termes de temps et de ressources, est peu utilisé, en partie à cause de la méfiance croissante du public envers les journalistes. Bien que le commentaire permette une expression plus personnalisée, les journalistes doivent neutraliser leurs ressentis pour qu’ils soient perçus comme légitimes d’un point de vue journalistique. Cette discipline de neutralisation consiste à rendre les émotions plus globalisantes et socialement acceptables. Elle ne se limite pas à l’écriture, mais intervient dès l’idée même de réaliser un commentaire, où les émotions personnelles sont façonnées en émotions « morales » et « argumentées ». Ce processus permet d’assurer que le commentaire s’aligne avec les attentes professionnelles de la neutralité et du détachement. En examinant cette discipline, cet article contribue à la compréhension du « tournant émotionnel » en journalisme et met en lumière la tension entre la nécessité personnelle d’exprimer des ressentis et les impératifs de produire un discours réfléchi et stratégiquement élaboré, conforme aux normes professionnelles. Cette étude offre une vision approfondie du commentaire en tant qu’espace paradoxal où l’expression des émotions personnelles est autorisée mais doit être travaillée pour rester compatible avec la légitimité journalistique.

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EN. Emotions in Commentary Journalism: from Venting to exercising Impartiality
This article examines emotions and their place in commentary journalism; one of the few formats in which journalists can express their personal feelings. Based on accounts collected from qualitative interviews with local radio broadcasters in the French-speaking region of Switzerland, this article explores how emotions can generate and hinder the process of writing a commentary. This format, rare and expensive in terms of time and resources, is not often used, partly due to the public's growing distrust of journalists. While these types of comments allow for more personal expressions, journalists must exercise impartiality so they are seen as legitimate in the eyes of journalism. This impartial, or neutral, position involves making emotions more globalized and socially acceptable. And it’s not limited to newsrooms; it comes from the very idea of writing a comment, when personal feelings are shaped into “moral” and “argumentative” emotions. This helps ensure that the commentary meets the professional expectations of impartiality and distance. This article examines this subject in order to better understand the “emotional switch” in journalism between the personal need to express feelings and the obligation to produce a thoughtful and well-developed discourse that follows professional norms. This study presents an in-depth perspective on commentary, a paradoxical space that authorizes one to express emotions even though this expression must meet journalistic legitimacy.

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PT. Este artigo analisa o lugar das emoções nos comentários jornalísticos, um dos poucos formatos em que os jornalistas podem expressar suas emoções pessoais. A partir de relatos de práticas coletados em entrevistas qualitativas com radialistas locais na Suíça francófona, explora-se como as emoções tanto desencadeiam quanto dificultam o processo de produção de comentários. Esse formato, raro e caro em termos de tempo e recursos, é pouco utilizado, em parte devido à crescente desconfiança do público em relação aos jornalistas. Embora os comentários permitam que a expressão seja mais personalizada, os jornalistas devem neutralizar suas próprias percepções, para que sejam vistas como legítimas do ponto de vista jornalístico. Tal disciplina de neutralização consiste em tornar as emoções mais globalizantes e socialmente aceitáveis. Não se limitando à redação, ela se manifesta desde a própria ideia de escrever um comentário, quando as emoções pessoais são moldadas em emoções “morais” e “argumentativas”. Esse processo visa garantir que o comentário esteja alinhado com as expectativas profissionais de neutralidade e distanciamento. Ao examinar tal disciplina, o artigo contribui para a compreensão da “virada emocional” no campo jornalístico, evidenciando a tensão entre a necessidade pessoal de expressar sentimentos e os imperativos de produzir um discurso ponderado e estrategicamente desenvolvido, em conformidade com as normas profissionais. Este estudo apresenta uma perspectiva aprofundada sobre o comentário, como um espaço paradoxal que autoriza a expressão de emoções, ainda que essa expressão deva ser trabalhada para permanecer compatível com a legitimidade jornalística.

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ES. Este artículo analiza el lugar de las emociones en el comentario periodístico, uno de los pocos formatos en los que los periodistas pueden expresar sus emociones personales. Basado en relatos de prácticas recopilados en entrevistas cualitativas con periodistas de radio de Suiza romanda, el artículo explora cómo las emociones desencadenan, pero también frenan el proceso de producción de un comentario. Este formato, raro y costoso en términos de tiempo y recursos, se utiliza poco, en parte debido a la creciente desconfianza del público hacia los periodistas. Aunque el comentario permite una expresión más personalizada, los periodistas deben neutralizar sus sentimientos para que sean percibidos como legítimos desde el punto de vista periodístico. Esta disciplina de neutralización consiste en hacer que las emociones sean más globales y socialmente aceptables. No se limita a la escritura, sino que interviene desde la idea misma de redactar un comentario, donde las emociones personales son moldeadas en emociones “morales” y “argumentadas”. Este proceso permite asegurar que el comentario se alinee con las expectativas profesionales de neutralidad y distanciamiento. Al examinar esta disciplina, este artículo contribuye a la comprensión del “giro emocional” en el periodismo y pone de relieve la tensión entre la necesidad personal de expresar sentimientos y los imperativos de producir un discurso reflexivo y estratégicamente elaborado, conforme a las normas profesionales. Este estudio ofrece una visión en profundidad del comentario como un espacio paradójico donde la expresión de emociones personales está permitida, pero debe ser trabajada para seguir siendo compatible con la legitimidad periodística.

Spontaneous, Substantive, and Relational

2024-01-26T18:51:28-03:00

EN. The expansion of research on local journalism has been accompanied by recurrent calls to better define the phenomenon. Rather than propose a single definition, this paper argues that this area of study can be better understood as having distinct “moments” whose varied understandings of local journalism are shaped by particular scopes and aims. Analyzing a non-systematic sample of popular and academic texts, I conceptualize three such moments: spontaneous, substantive, and relational. Collectively, these moments constitute unique but iterative steps in a larger process of knowledge construction. The study of local journalism, I maintain, advances best through awareness of–and appreciation for–the contributions and limitations associated with each moment. Such awareness and appreciation is important in “hybrid” spaces of knowledge production, where journalists, policymakers and researchers gather around a shared phenomenon that they define differently due to their distinctive interests.

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FR. L’essor de la recherche sur le journalisme local s'est accompagné d'appels récurrents à mieux définir ce phénomène. Plutôt que de proposer une définition unique, cet article soutient que ce objet d'étude peut être mieux compris comme ayant des « moments » distincts, au sein desquels le compréhension de ce qu’est le “journalisme local” est façonnée par des cadrages et des objectifs particuliers. En analysant un échantillon non systématique de textes populaires et universitaires, j’ai pu caractériser trois de ces moments comme spontané, substantiel et relationnel. Collectivement, ces moments constituent des étapes uniques mais itératives dans un processus plus large de construction des connaissances. Je soutiens que l'étude du journalisme local progresse grâce à la prise en compte et l'appréciation des contributions et des limites associées à chaque moment. Cette prise de conscience et cette reconnaissance sont importantes dans les espaces « hybrides » de production de connaissances, où les journalistes, les décideurs politiques et les chercheurs se réunissent autour d'un phénomène commun qu'ils définissent différemment en raison de leurs intérêts distincts.

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PT. A expansão da pesquisa sobre jornalismo local tem sido acompanhada de apelos recorrentes para uma melhor definição desse fenômeno. Em vez de propor uma única definição, este artigo argumenta que essa área de estudo pode ser melhor compreendida como tendo “momentos” distintos, em que os variados entendimentos sobre jornalismo local são definidos por escopos e objetivos particulares. Por meio da análise de uma amostra não sistemática de textos populares e acadêmicos, conceitualizo três momentos: espontâneo, substantivo e relacional. Coletivamente, esses momentos constituem etapas únicas, mas iterativas, em um processo mais amplo de construção do conhecimento. O estudo do jornalismo local, eu sustento, avança melhor por meio da conscientização das – e apreciação pelas – contribuições e limitações associadas a cada momento. Essa conscientização e apreciação são importantes em espaços “híbridos” de produção de conhecimento, onde jornalistas, tomadores de decisão e pesquisadores se reúnem em torno de um fenômeno compartilhado que definem de forma diferente devido a seus interesses distintos.

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ES.La creciente expansión de la investigación sobre el periodismo local ha generado frecuentes llamados a una definición más rigurosa de este fenómeno. En lugar de plantear una única definición, este artículo propone entender este campo de estudio como un conjunto de «momentos» diferenciados, caracterizados por marcos conceptuales y objetivos específicos. A partir del análisis de una muestra no sistemática de textos académicos y populares, se conceptualizan tres enfoques principales: el momento espontáneo, el momento sustantivo y el momento relacional. En conjunto, estos enfoques constituyen etapas únicas pero iterativas dentro de un proceso más amplio de construcción del conocimiento. Se argumenta que el avance en la comprensión del periodismo local depende de una valoración crítica de las contribuciones y limitaciones de cada momento. Este ejercicio crítico resulta especialmente relevante en los espacios de producción de conocimiento «híbridos», donde periodistas, responsables de políticas públicas e investigadores convergen en torno a un fenómeno común, aunque definido de manera diferente según sus intereses y perspectivas.

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Introducción

2024-12-01T16:18:59-03:00

Introducción

Introdução

2024-12-01T14:15:17-03:00

Introdução

Introduction

2024-12-01T18:45:06-03:00

Introduction

2024-12-01T18:32:25-03:00

Introduction

Mediatización, desintermediación y usurpación

2024-12-01T19:16:14-03:00

ES. El objetivo de este artículo de corte conceptual es establecer un vínculo entre las perspectivas de mediatización, desintermediación y cierre social con la intención de teorizar las estrategias de monopolización de la información desarrolladas por el populismo contemporáneo. Tomando al gobierno de México encabezado por Andrés Manuel López Obrador como referente empírico, se plantea que el populismo no se limita a intentar excluir del proceso de comunicación a la institución y práctica del periodismo (desintermediación), sino que da un paso más al intentar usurpar sus funciones de establecimiento de agenda, verificación de la información y trabajo de campo. Para conceptualizar la relación entre los procesos de mediatización, desintermediación y usurpación, los referentes empíricos de este artículo son: (1) las conferencias de prensa de López Obrador, que procuran establecer la agenda en lugar del periodismo, (2) su sección de verificación de noticias gubernamental, “¿Quién es quién en las mentiras de la semana?”, que socava la credibilidad de la prensa y busca suceder a la verificación de noticias periodística, y (3) el proyecto fallido de la “Red de Comunicadores del Pueblo”, que pretendía reemplazar el trabajo de campo periodístico, mediante una red de periodistas ciudadanos partidarios. Entre los resultados de este trabajo destaca que la eliminación de la mediación periodística impide la rendición de cuentas y permite que los políticos califiquen como “ataques” los cuestionamientos desde el periodismo. Los procesos aquí analizados derivan en una usurpación de las funciones que le corresponden a la prensa en una sociedad democrática para suplirlas por prácticas que simulan ser periodísticas no obstante su ausencia de rigor y propensión a reproducir el discurso gubernamental. Asimismo, se ampara la desinformación en tanto se facilita la circulación de información que no ha sido contrastada o verificada y se incrementa la vulnerabilidad de la práctica del periodismo en México.

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PT. O objetivo deste artigo de cunho conceitual é estabelecer uma relação entre as perspectivas de midiatização, desintermediação e fechamento social, com a intenção de teorizar as estratégias de monopolização da informação desenvolvidas pelo populismo contemporâneo. Tomando como referência empírica o governo do México liderado por Andrés Manuel López Obrador, argumenta-se que o populismo não se limita a tentar excluir do processo de comunicação a instituição e a prática do jornalismo (desintermediação), mas dá um passo além ao procurar usurpar suas funções de definição de agenda, verificação das informações e trabalho de campo. Para conceituar a relação entre os processos de midiatização, desintermediação e usurpação, as referências empíricas deste artigo são: (1) as coletivas de imprensa de López Obrador, que buscam definir a agenda no lugar do jornalismo; (2) sua seção governamental de verificação de notícias, “Quem é quem nas mentiras da semana?”, que mina a credibilidade da imprensa e procura ocupar o lugar da verificação jornalística de notícias; e (3) o fracassado projeto da “Rede de Comunicadores do Povo”, que pretendia substituir o trabalho de campo jornalístico por meio de uma rede de jornalistas cidadãos partidários. Entre os resultados deste trabalho destaca-se que a eliminação da mediação jornalística impede a prestação de contas e permite que os políticos qualifiquem os questionamentos feitos pelo jornalismo como “ataques”. Os processos aqui analisados conduzem a uma usurpação das funções que correspondem à imprensa em uma sociedade democrática, substituindo-as por práticas que simulam ser jornalísticas apesar de sua falta de rigor e propensão a reproduzir o discurso governamental. Da mesma forma, a desinformação é amparada na medida em que facilita a circulação de informações que não foram checadas ou verificadas, aumentando a vulnerabilidade da prática do jornalismo no México.

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EN. The objective of this conceptual article is to establish a relationship between mediatization, disintermediation and social closure, with the intent of theorizing the strategies of information monopolization developed by contemporary populism. The Mexican government, led by Andrés Manuel López Obrador, is our empirical reference, and we argue that populism is not limited to trying to exclude the institution and practice of journalism from the communication process (disintermediation); it goes even further by seeking to usurp its functions of agenda-setting, information verification and fieldwork. In order to conceptualize the relationship between mediatization, disintermediation and usurpation, we used the following empirical references: (1) López Obrador’s press conferences, which seek to set the agenda rather than journalism; (2) his government fact-checking section, “Who’s Who in the Lies of the Week?”, which undermines the credibility of the press and seeks to do away with journalistic fact-checking; and (3) the failed “People’s Communicators Network” project, which sought to replace journalistic fieldwork with a network of partisan citizen journalists. One particular result from this work worth highlighting is that eliminating journalistic mediation hinders accountability and allows politicians to label questions raised by journalism as “attacks”. The processes analyzed in this paper lead to the usurpation of the press in a democratic society, replacing their functions with others that appear to be journalistic but lack the rigor and propensity to reproduce government discourse. Similarly, disinformation is supported to the extent that it facilitates the circulation of unchecked and/or unverified information, thus increasing the vulnerability of journalism in Mexico.

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FR.L’objectif de cet article de nature conceptuelle est d’établir un lien entre les approches de médiatisation, de désintermédiation et de fermeture sociale, afin de théoriser les stratégies de monopolisation de l’information développées par le populisme contemporain. En prenant pour référence empirique le gouvernement mexicain d’Andrés Manuel López Obrador, nous avançons que le populisme ne se limite pas à tenter d’exclure l’institution et la pratique du journalisme du processus de communication (désintermédiation), mais va plus loin, puisqu’il cherche à usurper leurs fonctions de définition de l’agenda, de vérification de l’information et de travail sur le terrain. Pour conceptualiser la relation entre les processus de médiatisation, de désintermédiation et d’usurpation, le corpus empirique comprend : (1) les conférences de presse de López Obrador, qui s’attachent à définir un agenda à la place du journalisme, (2) sa séance gouvernementale de vérification des informations, le « Qui est qui dans les mensonges de la semaine ? », qui sape la crédibilité de la presse et cherche à se substituer à la vérification journalistique des faits, et (3) le projet avorté de « Réseau de communicateurs du peuple », qui visait à remplacer le travail journalistique sur le terrain au moyen d’un réseau de journalistes citoyens partisans. Notre étude montre notamment que l’élimination de la médiation journalistique entrave la redevabilité et permet aux hommes politiques de qualifier d’« attaques » les questions posées par les journalistes. Les processus analysés ici entrainent une usurpation des fonctions qui reviennent à la presse dans une société démocratique, en les remplaçant par des pratiques prétendument journalistiques, malgré leur manque de rigueur et leur propension à reproduire le discours gouvernemental. De même, la désinformation est encouragée dans la mesure où l’on facilite la circulation d’informations qui n’ont pas été recoupées ou vérifiées, ce qui accroît la vulnérabilité de la pratique du journalisme au Mexique.

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Jornalistas e resistência na EBC

2023-06-14T16:14:22-03:00

PT. Criada em 2007 para gerir os veículos e agências de notícias do governo federal e implementar a comunicação pública brasileira, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) não teve tempo de se consolidar na sociedade. A partir do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, a empresa passou por desmonte normativo, editorial, físico e de pessoal, que fragilizaram o caráter público da EBC, em favor do viés governamental. Em abril de 2019, a situação se agravou, com a unificação da TV Brasil, emissora pública, com a TV NBR, criada para transmitir atos oficiais. Com os primeiros sinais de censura e perseguição sofridos pelos trabalhadores da EBC, eles se organizaram, junto com a sociedade civil, para resistir ao desmonte e denunciar a utilização dos veículos públicos para promoção pessoal do presidente da república e propaganda do governo. Traremos neste artigo o levantamento e análise documental de ações empreendidas pelos jornalistas e radialistas da EBC entre 2016 e 2022, como os dossiês de censura, a Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública, a Ouvidoria Cidadã da EBC e o Seminário Reconstrói EBC. Movimentos que contaram sempre com apoio da sociedade civil mobilizada em torno da comunicação pública e que levaram à homenagem na 44ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, um dos principais prêmios de jornalismo do Brasil. Tais ações de resistência se revelaram essenciais para manter em evidência a missão da comunicação pública e contribuíram para evitar o fechamento da empresa, bem como servir de observatório e repositório de conteúdos sobre o desmonte da EBC, contribuindo para a memória e registro acadêmico o período.

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ES. Creada en 2007 para gestionar los medios y agencias de noticias del gobierno federal e implementar la comunicación pública brasileña, la Empresa Brasil de Comunicación (EBC) no tuvo tiempo de consolidarse en la sociedad. Tras la destitución de la presidenta Dilma Rousseff en 2016, la empresa pasó por un desmantelamiento normativo, editorial, físico y de personal, que debilitó el carácter público de la EBC en detrimento del sesgo gubernamental. La situación se agravó en abril de 2019 con la unificación de TV Brasil, emisora pública, con TV NBR, creada para transmitir actos oficiales. Ante las primeras señales de censura y persecución a los trabajadores de la EBC, estos se organizaron, junto con la sociedad civil, para resistir al desmantelamiento y denunciar la utilización de los medios públicos para la promoción personal del presidente de la República y la propaganda gubernamental. En este artículo se hace un levantamiento y análisis documental de acciones emprendidas por los periodistas y locutores de la EBC entre 2016 y 2022, como los expedientes de censura, el Frente en Defensa de la EBC y de la Comunicación Pública, la Defensoría Ciudadana de la EBC y el Seminario Reconstruye EBC. Estos movimientos siempre contaron con el apoyo de la sociedad civil movilizada en torno a la comunicación pública y recibieron un homenaje especial en la 44ª edición del Premio Vladimir Herzog de Amnistía y Derechos Humanos, uno de los principales galardones de periodismo de Brasil. Tales acciones de resistencia resultaron fundamentales para mantener en evidencia la misión de la comunicación pública y contribuyeron a evitar el cierre de la empresa, además de servir como observatorio y repositorio de contenidos sobre el desmantelamiento de la EBC, contribuyendo a la memoria y el registro del período.

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EN. Created in 2007 to manage the federal government's news outlets and agencies as well as implement Brazilian public communication, the Brazil Communication Company (EBC) did not have time to consolidate itself in society. Following the impeachment of former president Dilma Rousseff in 2016, the company was subjected to a regulatory, editorial, physical and personnel dismantling, which weakened the public character of the EBC to the detriment of its governmental predisposition. In April 2019, the situation got worse after the merging of public broadcaster TV Brasil with TV NBR, which was created to broadcast official government acts. At the first signs of censorship and persecution, EBC employees organized themselves with civil society to fight back against the dismantling and denounce the use of public media outlets for promoting the president’s personal agenda and government propaganda. In this article, we will present a survey and documentary analysis of actions undertaken by EBC journalists and radio broadcasters between 2016 and 2022, such as the censorship dossiers, the Front in Defense of the EBC and Public Communication, the EBC Citizen Ombudsman, and the Rebuilding the EBC Seminar. These movements have always relied on the support of civil society mobilized around public communication, and were honored at the 44th edition of the Vladimir Herzog Award for Amnesty and Human Rights, one of the major journalism awards in Brazil. These resistance actions were key toward keeping public communication relevant and helping the company avoid being shutdown, as well as serving as an observatory and repository for content on the dismantling of the EBC, contributing to the memory and academic record of the period.

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FR. Créée en 2007 pour assurer la gestion des médias et des agences de presse du gouvernement fédéral et pour mettre en œuvre la communication publique brésilienne, l’Entreprise Brésil de Communication (EBC) n’a pas eu le temps de se consolider socialement. Après la destitution de la présidente Dilma Rousseff en 2016, l’EBC a fait l’objet d’un démantèlement réglementaire, éditorial, physique et en termes de personnel, qui a fragilisé son caractère public et favorisé sa partialité en faveur du gouvernement. En avril 2019, la situation s’est aggravée avec la fusion entre le réseau de télévision public TV Brasil et la chaine TV NBR, créée pour retransmettre les actes officiels. Face aux premiers signes de censure et de persécution à l’encontre des travailleurs de l’EBC, ces derniers se sont organisés, avec la société civile, pour résister au démantèlement et dénoncer l’utilisation des médias publics pour la promotion personnelle du président de la République et la propagande gouvernementale. Cet article présente un inventaire et une analyse documentaire des actions entreprises par les journalistes, producteurs et présentateurs de l’EBC entre 2016 et 2022. Il se penche notamment sur les dossiers de censure, le Front de défense de l’EBC et de la communication publique, le projet Ombudsman citoyen de l’EBC et le séminaire Reconstruire l’EBC. Ces mouvements ont toujours bénéficié du soutien de la société civile mobilisée autour de la communication publique et il leur a été rendu hommage lors de la 44e édition du Prix Vladimir Herzog d’amnistie et de droits humains, l’un des principaux prix de journalisme au Brésil. Ces actions de résistance se sont avérées essentielles pour garder en vue la mission de la communication publique et ont aidé à éviter la disparition de l’EBC. Elles ont aussi joué un rôle d’observatoire et permis le recueil de contenus relatifs au démantèlement de l’EBC, contribuant ainsi à la mémoire et à l’étude académique de cette période.

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Papéis profissionais no jornalismo brasileiro durante a pandemia de Covid-19

2024-12-04T08:52:27-03:00

PT. Este artigo analisa como jornalistas brasileiros desempenharam seis papéis profissionais (Intervencionista/disseminador, Fiscalizador, Leal-Facilitador, Serviço, Infotenimento e Cívico) em notícias divulgadas em nove mídias de alcance nacional do Brasil no primeiro ano da pandemia de Covid-19. Utiliza-se dados da segunda fase do projeto Journalistic Role Performance (JRP), que consistem na análise de conteúdo de itens noticiosos, publicados ou transmitidos em 2020 por veículos de diferentes plataformas (TV, jornal, rádio e portais-online). O estudo examina o modo como os jornalistas desempenharam cada um dos papéis e se há convergência na articulação deles entre os tipos de mídia, o que permite verificar se o jornalismo praticado no país é homogêneo entre as plataformas de notícias ou se características específicas de cada mídia influenciam no desempenho dos papéis. Os dados são interpretados no contexto do período de análise, levando em conta também características da cultura jornalística predominante no Brasil, pautada por objetividade, neutralidade e distanciamento. Os resultados demonstram presença significativa dos papéis Intervencionista, Cívico e Infotenimento no noticiário brasileiro em 2020. O estudo também evidencia que a atuação jornalística nas mídias online se distanciou das demais para a maioria dos papéis profissionais mapeados. O artigo sugere, em linha com investigações internacionais, que a pandemia levou os jornalistas a maior engajamento na narração dos temas e a maior atenção em educar e entreter os públicos, embora certas características da cultura profissional também tenham sido significativas para o desempenho desses papéis.

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ES. Este artículo analiza cómo los periodistas brasileños desempeñaron seis roles profesionales (intervencionista/difusor, supervisor, leal-facilitador, servicio, infotenimiento y cívico) en noticias publicadas en nueve medios de alcance nacional de Brasil durante el primer año de la pandemia de covid-19. Se utilizan datos de la segunda fase del proyecto Journalistic Role Performance (JRP), que consisten en el análisis de contenido de noticias publicadas o transmitidas en 2020 por medios de diferentes plataformas (televisión, periódico, radio y portales en línea). El estudio examina cómo los periodistas desempeñaron cada uno de los roles y si hay convergencia en su articulación entre los tipos de medios, lo que permite verificar si el periodismo practicado en el país es homogéneo entre las plataformas de noticias o si las características específicas de cada medio influyen en el desempeño de los roles. Los datos se interpretan en el contexto del período de análisis, teniendo en cuenta también características de la cultura periodística predominante en Brasil, basada en la objetividad, la neutralidad y el distanciamiento. Los resultados demuestran una presencia significativa de los roles intervencionista, cívico e infotenimiento en las noticias brasileñas en 2020. El estudio también evidencia que la actuación periodística en los medios en línea se distanció de las demás en la mayoría de los roles profesionales identificados. En línea con investigaciones internacionales, el artículo sugiere que la pandemia llevó a los periodistas a una mayor implicación en la narración de los temas y una mayor atención en educar y entretener a los públicos, aunque ciertas características de la cultura profesional también hayan sido significativas para el desempeño de estos roles.

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EN. This article analyzes six professional roles that Brazilian journalists played (Interventionist/Disseminator, Watchdog, Fair-Facilitator, Service, Infotainment and Civic) in news published on nine national media outlets in Brazil during the first year of the Covid-19 pandemic. We used data from the second phase of the Journalistic Role Performance (JRP) project, which involves analyzing news content from different media outlets published or broadcast in 2020 (TV, newspaper, radio and online). This study examines the roles journalists performed and whether they converge with other types of media. This allows us to verify whether journalism in Brazil is homogeneous between news platforms or whether each media’s specific characteristics influence how journalists perform their roles. The data is taken during the analysis period, and also takes into account characteristics of the predominant journalistic culture in Brazil, guided by objectivity, neutrality and detachment. Our results show a significant presence of the Interventionist, Civic and Infotainment roles in Brazilian news in 2020. We also found that online journalism has distanced itself from other forms of journalism, according to the professional roles mapped in this study. This article suggests (in accordance with international research) that the pandemic led journalists to become more engaged in narrating topics and more attentive to educating and entertaining audiences, although certain aspects of the professional culture were also a factor toward how these roles were performed.

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FR. Cet article analyse six modèles de rôles professionnels exercés par les journalistes brésiliens (Interventionniste/diffuseur, Contrôleur, Loyal-facilitateur, Service, Infodivertissement et Civique) dans le traitement de l’actualité par neuf médias nationaux au Brésil, au cours de la première année de la pandémie de Covid-19. Il utilise les données de la deuxième phase du projet Journalistic Role Performance (JRP), visant à analyser des contenus d’actualité publiés ou diffusés en 2020 par différentes plateformes médiatiques (télévision, journaux, radio et portails en ligne). Nous cherchons à savoir comment les journalistes ont assumé chacun de ces rôles et s’il existe une convergence en la matière entre les divers types de médias, afin de déterminer si le journalisme pratiqué dans ce pays est homogène d’une plateforme d’information à l’autre, ou si les spécificités de chaque média influencent l’exercice de ces rôles. Les données sont interprétées dans le contexte de la période analysée, tout en tenant compte des caractéristiques de la culture journalistique prédominante au Brésil, marquée par l’objectivité, la neutralité et la prise de distance. Nos résultats mettent en évidence la présence significative des rôles Interventionniste, Civique et Infodivertissement dans les actualités diffusées au Brésil en 2020. Cette étude montre aussi que l’activité journalistique sur les plateformes en ligne s’est démarquée de celle des autres médias pour la plupart des rôles professionnels répertoriés. En accord avec d’autres études internationales, cela suggère que la pandémie a incité les journalistes à s’engager davantage dans la narration des sujets et à accorder plus d’attention à l’éducation et au divertissement de leurs publics, bien que certaines caractéristiques de leur culture professionnelle aient également été importantes pour l’exercice de ces rôles.

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Divulgação Científica em Prol da Luta Ambiental no Brasil

2023-06-08T14:40:07-03:00

PT. Este artigo analisa o papel do jornalismo científico na divulgação de pautas ambientais e a importância do jornalista como um comunicador científico. A proposta central é discutir a necessidade de levar informações acessíveis e confiáveis ao público leigo, despertando o interesse por temas muitas vezes distantes da realidade cotidiana, em um país com pouca tradição em cultura científica, como o Brasil. O estudo faz um paralelo entre duas abordagens de divulgação científica: o Jornal da USP e a ONG Teyque’-Pe’, localizada na Estância Turística de Piraju, no Estado de São Paulo. O Jornal da USP, veículo jornalístico de aproximação acadêmica da Universidade de São Paulo, cumpre a função de traduzir para o público não especializado os resultados de pesquisas e trabalhos realizados pela universidade paulistana, especialmente em áreas de ciência e tecnologia, enquanto a ONG Teyque’-Pe’ adota uma postura mais ativista na sua divulgação, promovendo a conscientização ambiental por meio de campanhas e atividades educacionais. A ONG busca engajar diretamente a comunidade local na preservação do meio ambiente e do patrimônio histórico da região, atuando fora dos canais tradicionais da mídia. O artigo destaca também a crescente independência dos cientistas em comunica-se diretamente com a sociedade, utilizando plataformas como redes sociais e blogs, sem a intermediação exclusiva da imprensa. As duas instituições estudadas, apesar de suas diferenças, contribuem de maneira significativa para a ampliação do debate ambiental e para o processo de emancipação social, utilizando a divulgação científica como ferramenta. O artigo conclui que, tanto pela imprensa acadêmica quanto pelo ativismo, a divulgação científica é essencial para educar e engajar o público em questões ambientais, oferecendo uma ponte entre o conhecimento especializado e o cidadão comum, o que favorece a luta pela preservação do meio ambiente.

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ES. Este artículo analiza el papel del periodismo científico en la divulgación de temas ambientales y la importancia del periodista como comunicador científico. La propuesta central es discutir la necesidad de brindar información accesible y fiable al público no especializado, despertando el interés por temas muchas veces alejados de la realidad cotidiana en un país con poca tradición en cultura científica como Brasil. El estudio establece un paralelo entre dos enfoques de divulgación científica: el Jornal da USP y la ONG Teyque’-Pe’, ubicada en la localidad turística de Piraju, en el Estado de São Paulo. El Jornal da USP, medio periodístico de acercamiento académico de la Universidad de São Paulo, cumple la función de llevar al público no especializado los resultados de las investigaciones y trabajos realizados por dicha universidad, especialmente en las áreas de ciencia y tecnología, mientras que la ONG Teyque’-Pe’ adopta una postura más activista en su divulgación, promoviendo la concienciación ambiental a través de campañas y actividades educativas. La ONG busca involucrar directamente a la comunidad local en la preservación del medio ambiente y del patrimonio histórico de la región, actuando al margen de los canales tradicionales de los medios de comunicación. El artículo destaca también la creciente independencia de los científicos para comunicarse directamente con la sociedad, utilizando plataformas como redes sociales y blogs, sin la intermediación exclusiva de la prensa. Las dos instituciones estudiadas, a pesar de sus diferencias, contribuyen de manera significativa a la ampliación del debate ambiental y al proceso de emancipación social, utilizando la divulgación científica como herramienta. El artículo concluye que, tanto a través de la prensa académica como del activismo, la divulgación científica es esencial para educar e implicar al público en cuestiones ambientales, ofreciendo un puente entre el conocimiento especializado y el ciudadano común, lo que favorece la lucha por la preservación del medio ambiente.

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EN. This article analyzes scientific journalism, its role in disseminating environmental issues, and the importance of journalists as communicators of science. The main proposal here is to discuss the need to provide the public with accessible and reliable information and to generate interest in topics that are often detached from everyday reality in a country such as Brazil that does not have a deep-rooted tradition in scientific culture. This study draws a parallel between two different approaches to scientific dissemination: the USP journal and the NGO Teyque’-Pe’, located in the tourist resort of Piraju, in the state of São Paulo. The USP Journal, a news vehicle for academic outreach at the University of São Paulo, publishes the results of research and work carried out by the São Paulo university, especially in the areas of science and technology, to a non-specialist public, while the NGO Teyque’-Pe’ adopts a more activist stance by promoting environmental awareness through campaigns and educational activities. This NGO focuses on directly encouraging the local community to preserve the environment and historical heritage of the region without using traditional media channels. This article also highlights the growing independence among scientists to communicate directly with society using platforms such as social networks and blogs, without any exclusive media intermediaries. Despite their differences, the two institutions in this study contribute significantly to promoting environmental debate and social emancipation, using scientific dissemination as a tool to do so. This article concludes that, both through the academic press and activism, scientific dissemination is essential in order to educate and engage the public in environmental issues, bridging the gap between specialized knowledge and the average citizen, which favors the fight for environmental preservation.

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FR. Cet article s’intéresse au rôle du journalisme scientifique dans la diffusion de sujets environnementaux et à l’importance du journaliste en tant que communicateur scientifique. Le cœur de la discussion porte sur la nécessité de fournir des informations accessibles et fiables au grand public, afin d’éveiller son intérêt pour des sujets souvent très éloignés de son quotidien, dans un pays comme le Brésil où la culture scientifique est peu développée. Nous établissons un parallèle entre deux approches de communication scientifique : celles du Jornal da USP et de l’ONG Teyque’-Pe’, située dans la municipalité touristique de Piraju, dans l’État de São Paulo. Le Jornal da USP, un support journalistique lié à la communauté académique de l’université de São Paulo, traduit à destination d’un public non spécialisé les résultats des recherches et travaux menés au sein de cette université, notamment dans les domaines des sciences et technologies, tandis que l’ONG Teyque’-Pe’ adopte une posture plus militante dans sa communication, en sensibilisant à l’environnement par le biais de campagnes et d’activités éducatives. Cette ONG cherche ainsi à engager directement la communauté locale dans la préservation de l’environnement et du patrimoine historique de la région, par une action menée hors des canaux médiatiques traditionnels. Notre étude pointe aussi l’indépendance croissante des scientifiques, qui communiquent directement avec la société au travers de plateformes comme les réseaux sociaux et les blogs, sans avoir exclusivement recours à l’intermédiation de la presse. Au-delà de leurs différences, les deux institutions étudiées contribuent de manière significative à l’élargissement du débat sur l’environnement et au processus d’émancipation sociale, en se servant de la communication scientifique comme outil. Nous en concluons que la communication scientifique, que ce soit par le biais de la presse académique ou par celui de l’activisme, est essentielle pour l’éducation et l’engagement du public vis-à-vis des enjeux environnementaux. En jetant un pont entre le savoir spécialisé et les citoyens ordinaires, elle favorise la lutte pour la préservation de l’environnement.

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A Pandemia e o jornalismo brasileiro

2023-07-10T16:55:10-03:00

PT. A pesquisa buscou compreender a percepção dos jornalistas da região centro-oeste do Brasil sobre o impacto da pandemia de covid-19 em seu trabalho. Foi utilizada metodologia qualitativa, descritiva e exploratória, com coleta de dados por meio de entrevistas online com seis profissionais da comunicação. Esses jornalistas relataram mudanças significativas em seu cotidiano, saúde e vida pessoal, resultantes da urgente necessidade de informar ao público sobre dados científicos atualizados em um contexto de incerteza generalizada. Foi possível observar que o período pandêmico não apenas trouxe desafios, mas também uma oportunidade para que os jornalistas revissem suas rotinas de trabalho e refletissem sobre as limitações do formato de trabalho totalmente presencial. Durante esse período, os profissionais da notícia descobriram novas possibilidades de trabalho remoto, o que levou a uma reavaliação da qualidade e eficiência da sua prática diária. No entanto, apesar de algumas empresas adotarem medidas para prevenir a propagação do vírus, em diversas situações essas ações só foram implementadas após pressão dos próprios trabalhadores. Isso expôs um descaso preocupante com a saúde física e mental dos jornalistas, que se sentiram vulneráveis e desamparados em meio à crise, assim como outras categorias profissionais. Outro ponto identificado na pesquisa foi a falta de uma comunicação coordenada entre governos, profissionais da saúde e instituições de ciência e tecnologia. Cada um desses grupos apresentava soluções distintas para lidar com a pandemia, o que gerou confusão e dificuldades na comunicação sobre questões de saúde pública. Essa fragmentação dificultou a disseminação de informações precisas e confiáveis durante a crise sanitária, impactando diretamente o trabalho dos jornalistas e, consequentemente, a qualidade da informação disponibilizada à população. Por fim, o estudo não apenas elucida os desafios enfrentados pelos jornalistas na pandemia, mas também destaca a necessidade de um diálogo entre áreas e categorias profissionais envolvidas na comunicação em saúde.

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ES. La investigación buscó comprender la percepción de los periodistas de la región Centro-Oeste de Brasil sobre el impacto de la pandemia de covid-19 en su trabajo. Se utilizó una metodología cualitativa, descriptiva y exploratoria, con recolección de datos mediante entrevistas en línea a seis profesionales de comunicación. Estos periodistas relataron cambios significativos en su cotidiano, salud y vida personal, resultantes de la urgente necesidad de informar al público sobre datos científicos actualizados en un contexto de incertidumbre generalizada. Se observó que el período pandémico no solo trajo desafíos, sino también una oportunidad para que los periodistas revisaran sus rutinas de trabajo y reflexionaran sobre las limitaciones del modelo de trabajo totalmente presencial. Durante este período, los profesionales de la noticia descubrieron nuevas posibilidades de trabajo remoto, lo que los llevó a reevaluar la calidad y eficiencia de su práctica diaria. Sin embargo, aunque algunas empresas adoptaron medidas para prevenir la propagación del virus, en muchas situaciones estas acciones solo se implementaron tras la presión de los trabajadores. Esto puso de manifiesto un preocupante desprecio por la salud física y mental de los periodistas, que se sintieron vulnerables y desamparados en medio de la crisis, al igual que otras categorías profesionales. Otro punto identificado en la investigación fue la falta de comunicación coordinada entre gobiernos, profesionales sanitarios e instituciones de ciencia y tecnología. Cada uno de estos grupos presentó diferentes soluciones para hacer frente a la pandemia, lo que provocó confusión y dificultades en la comunicación sobre temas de salud pública. Esta fragmentación dificultó la difusión de información precisa y confiable durante la crisis sanitaria, lo que repercutió directamente en el trabajo de los periodistas y, en consecuencia, en la calidad de la información puesta a disposición de la población. Finalmente, el estudio no solo dilucida los desafíos enfrentados por los periodistas durante la pandemia, sino que también pone de relieve la necesidad de diálogo entre las áreas y categorías profesionales involucradas en la comunicación en salud.

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EN. This study sought to understand the perception that journalists in midwestern Brazil have about what kind of impact the covid-19 pandemic had on their work. A qualitative, descriptive and exploratory methodology was used, including data collection from online interviews conducted with six professional journalists. These journalists reported significant changes to their daily lives, health and personal lives as a result of the urgent need to keep the public informed about up-to-date scientific data during a time of widespread uncertainty. We observed that the pandemic not only presented journalists with challenges, but also an opportunity to evaluate their work routines and reflect on the limitations of the in-person work format. During this period, news professionals discovered new alternatives for remote work, which led to a reassessment of the quality and efficiency of their day-to-day practice. Even though some companies adopted measures to prevent the spread of the virus, many companies only took these actions after pressure from their employees. This led to a troubling disregard for the physical and mental health of journalists, who felt vulnerable and helpless amid the crisis, similar to other professionals. Another aspect identified in our research was the lack of coordinated communication between governments, health professionals and science and technology institutions. Each of these groups presented different solutions for dealing with the pandemic, which led to some confusion and difficulties when it came to communicating about public health issues. This fragmentation made it difficult to disseminate accurate and reliable information during the health crisis, and had a direct impact on the work of journalists and, consequently, the quality of information made available to the public. Lastly, this study not only explains the challenges faced by journalists during the pandemic, but also highlights the need for dialogue between professional fields involved in health communication.

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FR. Cette étude visait à comprendre la perception qu’ont les journalistes de la région Centre-Ouest du Brésil de l’impact de la pandémie de covid-19 sur leur travail. Nous avons utilisé une méthodologie qualitative, descriptive et exploratoire, avec un recueil de données par le biais d'entretiens en ligne avec six professionnels de la communication. Ces journalistes ont fait état de changements significatifs affectant leur quotidien, leur santé et leur vie personnelle, qui découlaient du besoin urgent de transmettre au public des informations scientifiques à jour dans un contexte d’incertitude généralisée. Nous avons pu constater que la période de pandémie a été non seulement source de défis, mais aussi l’occasion pour les journalistes de revoir leurs routines de travail et de réfléchir aux limites d’une activité exclusivement en présentiel. Au cours de cette période, les professionnels de l’actualité ont découvert de nouvelles possibilités de travail à distance, ce qui les a conduits à réévaluer la qualité et l’efficacité de leur pratique quotidienne. Cependant, bien que certaines entreprises aient adopté des mesures préventives contre la propagation du virus, dans bien des cas, ces actions n’ont été mises en place que sous la pression des travailleurs eux-mêmes. Cela révèle un manque de considération inquiétant pour la santé physique et mentale des journalistes, qui se sont sentis vulnérables et désemparés face à la crise, au même titre que d’autres catégories professionnelles. Notre étude a également pointé un manque de communication coordonnée entre les gouvernements, les professionnels de la santé et les institutions de sciences et technologies. Chacun de ces groupes a présenté des solutions distinctes pour faire face à la pandémie, ce qui a entraîné une certaine confusion et des difficultés à communiquer sur les questions de santé publique. Cette dispersion a entravé la diffusion d’informations précises et fiables pendant la crise sanitaire, en affectant directement le travail des journalistes et donc la qualité de l’information transmise à la population. Au-delà de la mise en évidence des défis auxquels les journalistes ont été confrontés durant la pandémie, cette étude souligne la nécessité d’un dialogue entre les différents secteurs et catégories professionnelles impliqués dans la communication en matière de santé.

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Ganhar a vida" a partir do jornalismo e da cultura

2024-12-04T09:30:26-03:00

PT. Neste artigo, são relatadas formas de organização e condições de produção de
coletivos de jornalismo cultural no Nordeste do Brasil, mais especificamente, dos Estados de Pernambuco e da Bahia, aqui denominados arranjos jornalísticos. Como aporte teórico, recorreu-se a Figaro (2013; 2017; 2018; 2021), a partir do binômio comunicação e trabalho e Bourdieu (2005) para compreensão do campo jornalístico. A pesquisa da qual este artigo deriva foi desenvolvida como tese de doutorado pela primeira autora sob orientação doutoral da segunda autora. Nela foram estudadas as revistas culturais eletrônicas Gambiarra (Estado da Bahia), Outros Críticos (Estado de Pernambuco) e O Grito! (Estado de Pernambuco) e os portais de notícias culturais SoteroPreta (Estado da Bahia), Correio Nagô (Estado da Bahia) e iTeia (Pernambuco e da Bahia). Na investigação, tais coletivos de jornalistas foram avaliados em relação ao acesso a políticas públicas como fomento, ao empreendedorismo e outras formas de sustentabilidade. A partir da análise desses seis agrupamentos, descobriu-se que é tênue a linha que separa o jornalista do produtor cultural e que compete dominar também a gestão em comunicação. Ao mesmo tempo, são revelados os limites e as possibilidades técnicas e éticas de se gestar e dar materialidade a um jornalismo no qual acreditam, a partir de seus princípios, crenças e valores. Os discursos dos informantes apresentam tensões quanto ao termo empreendedorismo pela relação direta a um conceito ligado ao stablishment, ou seja, à manutenção das estruturas de poder. Observou-se, ainda, que o profissional jornalista precisa acompanhar as transformações no mundo do trabalho, num equilíbrio entre desenvolver novas habilidades e exercer novas funções, adaptando-se às exigências e possibilidades do trabalho atual. Outro resultado da pesquisa é que o trabalho, para esses arranjos jornalísticos culturais analisados, muitas vezes se revela num capital simbólico adquirido que nem sempre corrobora com uma aquisição de capital financeiro.

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ES. En este artículo se relatan formas de organización y condiciones de producción de colectivos de periodismo cultural en el Nordeste de Brasil, más concretamente en los estados de Pernambuco y Bahía, aquí denominados arreglos periodísticos. Como aporte teórico, se utilizó a Figaro (2013; 2017; 2018; 2021), a partir del binomio comunicación y trabajo, y a Bourdieu (2005) para comprender el campo periodístico. La investigación de la cual deriva este artículo fue desarrollada como tesis doctoral por la primera autora bajo la dirección de la segunda autora. En ella se estudiaron las revistas culturales electrónicas Gambiarra (estado de Bahía), Outros Críticos (estado de Pernambuco) y O Grito! (estado de Pernambuco), y los portales de noticias culturales SoteroPreta (estado de Bahía), Correio Nagô (estado de Bahía) e iTeia (Pernambuco y Bahía). En la investigación, estos colectivos de periodistas fueron evaluados en relación al acceso a políticas públicas como fomento al espíritu emprendedor y otras formas de sostenibilidad. El análisis de estos seis agrupamientos reveló que la línea que separa al periodista del productor cultural es tenue y que también le corresponde dominar la gestión en comunicación. Al mismo tiempo, se evidencian los límites y las posibilidades técnicas y éticas de gestar y dar materialidad a un periodismo en el cual creen, a partir de sus principios, creencias y valores. Los discursos de los informantes presentan tensiones respecto al término “espíritu emprendedor” por la relación directa con un concepto vinculado al establishment, es decir, al mantenimiento de las estructuras de poder. Se observó, además, que el profesional periodista debe mantenerse al día con los cambios en el mundo del trabajo, en un equilibrio entre el desarrollo de nuevas habilidades y el desempeño de nuevas funciones, adaptándose a las exigencias y posibilidades del trabajo actual. Otro resultado de la investigación es que para estos arreglos periodísticos culturales analizados el trabajo muchas veces se revela como un capital simbólico adquirido que no siempre se traduce en una adquisición de capital económico.

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EN. This article reports on the forms of organization and production conditions of cultural journalism collectives in the Northeast of Brazil, particularly the states of Pernambuco and Bahia, which we refer to as journalistic arrangements. Figaro (2013; 2017; 2018; 2021) was used as a theoretical contribution based on the communication and work binomial and Bourdieu (2005) was used to understand the journalistic field. The research which this article is based on was developed as a doctoral thesis by Mariana Reis under the doctoral supervision of Isaltina Gomes. The online cultural magazines Gambiarra (State of Bahia), Outros Críticos (State of Pernambuco), O Grito! (State of Pernambuco) and the cultural news portals SoteroPreta (State of Bahia), Correio Nagô (State of Bahia) and iTeia (Pernambuco and Bahia) were studied. The research involved evaluating collectives of journalists in relation to access to public policies such as development, entrepreneurship, and other forms of sustainability. After analyzing these six groups, we discovered that the line separating journalists from cultural producers is tenuous, and that communication management is a skill that needs to be learned thoroughly. We also discovered the limits and technical and ethical possibilities of creating and giving materiality to journalism that these journalists believe in based on their principles, beliefs and values. The journalists spoke of tensions regarding the term entrepreneurship and its direct relationship to the concept of establishment, that is, to the maintenance of power structures. We also observed that professional journalists have to keep up with changes to the world of work, and strike a balance between developing new skills and performing new functions, thus adapting to the demands and possibilities of present day work. Another aspect we discovered through our research is that, for these cultural journalistic arrangements, work is often an acquired symbolic capital that does not always translate into the acquisition of financial capital.

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FR. Cet article présente les formes d’organisation et les conditions de production de collectifs de journalisme culturel, désignés ici sous le terme d’ensembles journalistiques, dans la région Nordeste du Brésil, et plus précisément dans les États de Pernambuco et de Bahia. Sur le plan théorique, nous nous sommes appuyées sur Figaro (2013 ; 2017 ; 2018 ; 2021), en partant du binôme communication et travail, ainsi que sur Bourdieu (2005), pour appréhender le champ journalistique. La recherche dont cet article est issu a été menée dans le cadre de la thèse de doctorat de la première auteure, sous la direction doctorale de la seconde. L’étude a porté sur les magazines culturels électroniques Gambiarra (État de Bahia), Outros Críticos (État de Pernambuco) et O Grito! (Pernambuco), ainsi que sur les portails d’informations culturelles SoteroPreta (Bahia), Correio Nagô (Bahia) et iTeia (Pernambuco et Bahia). Ces collectifs de journalistes ont été évalués à l’aune de leur accès aux politiques publiques de soutien, de leur stratégie entrepreneuriale et d’autres formes de pérennité. L’analyse de ces six groupes montre que la frontière est ténue entre journaliste et producteur culturel, et que des compétences en gestion de la communication sont aussi nécessaires. Elle révèle par ailleurs les limites et les possibilités techniques et éthiques liées à la conception et à la mise en pratique d’un journalisme auquel ils croient, en accord avec leurs principes, leurs croyances et leurs valeurs. Les discours de nos interlocuteurs font apparaître des tensions autour du terme d’entrepreneuriat, du fait de son lien conceptuel direct avec l’establishment et donc avec le maintien des structures de pouvoir. En outre, le professionnel journaliste doit accompagner les évolutions du monde du travail, en conciliant le développement de nouvelles compétences et l’exercice de nouvelles fonctions, pour s’adapter aux exigences et aux opportunités actuelles du métier. Un autre résultat de notre recherche est que le travail, pour les ensembles journalistiques culturels analysés, se manifeste souvent par l’acquisition d’un capital symbolique qui ne va pas toujours de pair avec celle d’un capital financier.

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O triplo combate do jornalismo literário

2023-05-31T11:51:02-03:00

PT. O jornalismo literário, vertente que se alimenta de um ponto de vista discursivo e teórico de uma dialética possível entre os polos da ficção e da não ficção, trava um combate que podemos considerar triplo. No presente artigo, pretendemos trazer esses combates para a arena da discussão de forma a contribuir com as reflexões sobre a prática do jornalismo literário dentro e fora dos campos de guerra. Assim, faremos referência ao combate dessa modalidade jornalística pelo reconhecimento de uma certa independência epistemológica em relação às disciplinas que sempre lhe serviram de apoio, como o próprio jornalismo e a literatura. Daremos enfoque ao combate que busca conferir um valor estético aos textos inscritos nessa vertente por meio da adoção de técnicas literárias e trataremos do combate temporal, que visa a garantir aos textos classificados como jornalístico-literários o selo da perenidade. Esse combate triplo, incindindo no campo teórico, discursivo e editorial, posiciona o jornalismo literário em várias linhas de frente, cujas lutas estética e temporal abrem novas perspectivas epistemológicas ao agregarem outras práticas de produção e de consumo desse jornalismo. Para ilustrar de que forma esses prélios se manifestam nessa modalidade jornalística, observaremos como o jornalista Joel Silveira, um dos grandes nomes do jornalismo literário brasileiro, travou os combates estético e temporal na produção de suas reportagens durante a cobertura da Segunda Guerra Mundial para os Diários Associados. Travando um combate contra a aridez do texto jornalístico tradicional e posicionando-se a favor de uma estética jornalístico-literária, Silveira abriu, de forma precursora no contexto brasileiro, caminhos para uma prática jornalística pautada não só pelos fatos, mas também pela literariedade. Essa abertura, como veremos, conferiu maior solidez à sua produção e permitiu que suas reportagens, marcadas pela temática da guerra, se distanciassem da efemeridade típica do texto jornalístico e alçassem um status de perenidade.

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ES. El periodismo literario, una vertiente que se nutre desde un punto de vista discursivo y teórico de una posible dialéctica entre los polos de la ficción y la no ficción, libra un combate que podemos considerar triple. En este artículo pretendemos llevar estos combates a la arena de discusión para contribuir a las reflexiones sobre la práctica del periodismo literario dentro y fuera de los campos de guerra. Así, haremos referencia al combate de esta modalidad periodística por el reconocimiento de una cierta independencia epistemológica en relación con las disciplinas que siempre le han servido de apoyo, como el propio periodismo y la literatura. Nos centraremos en el combate que busca dar un valor estético a los textos inscritos en esta vertiente mediante la adopción de técnicas literarias y abordaremos el combate temporal, que busca garantizar a los textos clasificados como periodístico-literarios el sello de la perennidad. Este triple combate, que incide en los campos teórico, discursivo y editorial, sitúa el periodismo literario en varias líneas de frente, cuyas luchas estéticas y temporales abren nuevas perspectivas epistemológicas al agregar otras prácticas de producción y consumo de este periodismo. Para ilustrar cómo se manifiestan tales combates en esta modalidad periodística, observaremos cómo el periodista Joel Silveira, uno de los grandes nombres del periodismo literario brasileño, libró las batallas estéticas y temporales en la producción de sus reportajes durante la cobertura de la Segunda Guerra Mundial para la empresa Diários Associados. Al luchar contra la aridez del texto periodístico tradicional y adoptar una postura a favor de una estética periodístico-literaria, Silveira abrió, de manera pionera en el contexto brasileño, caminos para una práctica periodística guiada no solo por los hechos, sino también por la literariedad. Esta apertura, como veremos, confirió mayor solidez a su producción y permitió que sus reportajes, marcados por la temática de la guerra, se distanciaran de la efimeridad característica del texto periodístico y alcanzaran un estatus de perennidad.

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EN. Literary journalism, a form of journalism that uses a discursive and theoretical point of view of fiction and non-fiction, is engaged in a triad of battles. In this article, we discuss these battles in order to reflect on literary journalism both on and off the battlefield. The struggle we refer to in this journalistic form has to do with a certain epistemological independence in relation to the disciplines it is based on, namely journalism itself and literature. We focus on the fight to give aesthetic value to the texts in this form through the adoption of literary techniques, and we deal with the temporal fight which aims to guarantee the continued occurrence of journalistic-literary texts. This triad of battles, that affects the theoretical, discursive and editorial fields, places literary journalism on several front lines, the aesthetic and temporal struggles of which open up new epistemological perspectives by adding other forms of producing and consuming this journalism. To illustrate how these conflicts manifest in this type of journalism, we observe how journalist Joel Silveira, one of the great names in Brazilian literary journalism, fought aesthetic and temporal battles producing reports during his coverage of the Second World War for Diários Associados. Fighting against the blandness of traditional journalistic texts, and positioning himself in favor of a journalistic-literary aesthetic, Silveira was a pioneer in Brazil, opening up pathways for a form of journalism guided not only by facts, but also by literature. This opening, as we shall see, gave greater solidity to his production and allowed his reports, based on war, to separate themselves from the ephemerality so typical of journalistic texts and achieve a status of permanence.

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FR. Le journalisme littéraire, une branche qui se nourrit d’un point de vue discursif et théorique d’une dialectique possible entre les pôles de la fiction et de la non-fiction, mène un combat sur le plan textuel et épistémologique que l’on peut considérer triple. Dans le présent article, nous comptons convoquer ces combats dans l’arène de la discussion afin de contribuer aux réflexions sur la pratique du journalisme littéraire, dans et en dehors des champs de bataille. Ainsi, nous ferons référence au combat de cette modalité journalistique pour la reconnaissance d’une certaine indépendance épistémologique par rapport aux disciplines qui lui ont toujours servi de support, comme le journalisme et la littérature. Nous mettrons l’accent sur le combat visant à conférer une valeur esthétique aux textes inscrits dans cette branche par l’adoption de techniques littéraires, et nous traiterons du combat temporel qui vise à garantir aux textes classés comme journalistico-littéraires le sceau de la pérennité. Ce combat triple, se déployant sur les plans théorique, discursif et éditorial, positionne le journalisme littéraire sur plusieurs fronts. Ses luttes esthétique et temporelle ouvrent ainsi de nouvelles perspectives épistémologiques, dans la mesure où elles intègrent de nouvelles pratiques de production et de consommation de ce journalisme. Pour illustrer comment ces praelia se manifestent, nous observerons la façon dont le journaliste Joel Silveira, une référence du journalisme littéraire brésilien, a mené les combats esthétique et temporel dans la production de ses reportages durant la couverture de la Seconde Guerre mondiale pour les Diários Associados. En menant un combat contre l’aridité du texte journalistique traditionnel et en se positionnant en faveur d’une esthétique journalistico-littéraire, Silveira a ouvert, de manière précurseur dans le contexte brésilien, des chemins pour une pratique journalistique fondée non seulement sur les faits, mais aussi sur la littérarité. Cette ouverture, comme nous le verrons, a conféré une plus grande solidité à sa production et a permis à ses reportages, marqués par la thématique de la guerre, de s’éloigner de l’éphémérité typique du texte journalistique et d’atteindre un statut de pérennité.

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Parti pris: L’engagement journalistique d’Albert Camus

2024-12-04T11:08:35-03:00

FR. Écrivain, penseur, dramaturge, essayiste, prix Nobel de littérature en 1957, son nom est associé au monde littéraire, mais il ne faut pas oublier qu’il fut aussi journaliste. Un journaliste engagé avec la vérité et d’une grande exigence déontologique. Albert Camus a alors travaillé pour cinq titres différents, de périodes courtes mais très intenses : Alger Républicain et Le Soir Républicain, de 1938 à 1940, où il est chroniqueur judiciaire et reporter. Il collabore ensuite comme secrétaire de rédaction à Paris Soir (1940), puis comme éditorialiste à Combat (de 1944 à 1947), où il devient une guide morale pour sa génération. Sa dernière contribution à la presse fut en tant que chroniqueur pour L'Express (1955). L’article porte sur la notion de l’engagement journalistique de Camus à travers de ses écrits journalistiques et son œuvre littéraire. Au cours de sa carrière, il évolue d’un journalisme des faits sur le terrain vers un journalisme d’opinion, mais toujours avec un mode d’expression propice à l'engagement. Le métier de journaliste lui permet d’exprimer ses révoltes aux injustices et aux inégalités. L'écrivain prend position face aux dangers de son époque, comme le fascisme, le nazisme et le totalitarisme. Il pratique un journalisme de combat pour donner la « parole aux invisibles », dénoncer les abus du pouvoir et combattre la désinformation. Pour mieux comprendre les sources de son engagement dans la presse, il faut se pencher sur son enfance pauvre à Alger, où il a connu la misère, mais également sur son sens du compromis face à l’actualité tourmentée de son époque, une période marquée par la barbarie de la guerre et, plus tard, par le déchirement du conflit algérien. Éveilleur de consciences, Camus exerce une autoréflexivité sur le métier de journaliste. Il nous laisse un manuscrit du journaliste libre qui résonne encore aujourd'hui face à la montée de l’extrême droite.

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EN. Writer, thinker, playwright, essayist, winner of the Nobel prize for Literature in 1957, his name is associated with the literary world, but we should not forget that he was also a journalist. A journalist committed to the truth and of the highest ethical standards. Albert Camus worked for five different titles, for short but intense periods: Alger Républicain and Le Soir Républicain, from 1938 to 1940, where he was a judicial chronicler and reporter. He then worked as an editorial secretary at Paris Soir (1940), then as an editorialist at Combat (from 1944 to 1947), where he became a moral guide for his generation. His last contribution to the press was as a columnist for L'Express (1955). This article looks at Camus's notion of journalistic commitment through his journalistic writings and his literary work. Over the course of his career, he evolved from a journalism of facts to an opinion journalism. As a journalist, he was able to express his outrage at injustice and inequality. The writer took a stand against the dangers of his time, such as fascism, Nazism and totalitarianism. He practiced a journalism of combat to give a ‘voice to the invisible people’, to denounce the abuses of power but also to combat disinformation. To better understand the sources of his commitment to the press, we need to look at his poor childhood in Algiers, where he experienced poverty, but also at his sense of compromise in the face of the turbulent events of his time, a period marked by the barbarity of war and, later, by the heartbreak of the Algerian conflict. As a consciousness-raiser, Camus was self-reflexive about the profession of journalism. He has left us a manuscript by a free journalist that still resonates today in the face of the rise of the extreme right.

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ES. Escritor, pensador, dramaturgo, ensayista, Premio Nobel de Literatura en 1957, su nombre está asociado al mundo literario, pero no debemos olvidar que también fue periodista. Un periodista comprometido con la verdad y de una gran exigencia deontológica. Albert Camus trabajó para cinco cabeceras diferentes, durante breves pero intensos periodos: Alger Républicain y Le Soir Républicain, de 1938 a 1940, donde fue cronista de tribunales y reportero. Después fue secretario de redacción en Paris Soir (1940), y más tarde editorialista en Combat (de 1944 a 1947), donde se convirtió en guía moral de su generación. Su última colaboración en la prensa fue como columnista en L'Express (1955). Este artículo analiza la noción de compromiso de Camus a través de sus escritos periodísticos y su obra literaria. A lo largo de su carrera, pasó de un periodismo de hechos a un periodismo de opinión. Como periodista manifestó su indignación ante la injusticia y la desigualdad. El escritor se posicionó contra los peligros de su época, como el fascismo, el nazismo y el totalitarismo. Practicó un periodismo de combate para dar «voz a los invisibles», denunciar los abusos del poder pero también combatir la desinformación. Para comprender mejor las fuentes de su compromiso con la prensa y su sensibilidad social, hay que fijarse en su infancia pobre en Argel, donde conoció la miseria, pero también en su sentido del compromiso frente a los convulsos acontecimientos de su época, un periodo marcado por la barbarie de la guerra y, más tarde, por el desgarro del conflicto argelino. Camus fue autorreflexivo sobre la profesión de periodista. Nos ha legado un manuscrito del periodista libre que aún resuena hoy ante el auge de la extrema derecha.

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PT. Escritor, pensador, dramaturgo, ensaísta e laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1957, Albert Camus é amplamente reconhecido por sua contribuição ao mundo literário. No entanto, é crucial lembrar que ele também desempenhou um papel significativo como jornalista. Comprometido com a busca pela verdade e guiado por elevados padrões deontológicos, Camus trabalhou em cinco veículos de imprensa ao longo de sua carreira, em períodos breves, mas intensos. Entre 1938 e 1940, atuou como cronista judicial e repórter no Alger Républicain e no Le Soir Républicain. Posteriormente, foi secretário de redação no Paris Soir (1940) e, mais tarde, editorialista no jornal de resistência Combat (1944–1947), onde se consolidou como uma figura moral de destaque para sua geração. Sua última colaboração no campo jornalístico foi como colunista no L’Express em 1955. Este artigo examina a noção de compromisso em Camus, tanto em seus escritos jornalísticos quanto em sua produção literária. Ao longo de sua trajetória, ele transitou de um jornalismo centrado na objetividade factual para um jornalismo opinativo, no qual expressava sua indignação diante das injustiças e desigualdades sociais. Camus posicionou-se contra os grandes males de sua época, como o fascismo, o nazismo e o totalitarismo. Ele praticou um jornalismo de combate, voltado para dar "voz aos invisíveis", denunciar abusos de poder e enfrentar a desinformação. Compreender as raízes de seu compromisso com a imprensa e sua sensibilidade social exige atenção tanto à sua infância humilde em Argel, marcada pela experiência da miséria, quanto ao contexto histórico turbulento em que viveu. Este foi um período atravessado pela barbárie da guerra e, posteriormente, pelo conflito traumático da descolonização argelina. Camus refletiu profundamente sobre a profissão de jornalista, legando-nos um esboço do conceito de jornalista livre, que permanece relevante e ressoa de maneira poderosa diante dos desafios contemporâneos, como a ascensão da extrema-direita.

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Entretien avec François Demers

2024-12-05T12:04:26-03:00

FR. François Demers est l’un des co-fondateurs de la revue Sur le journalisme. Investi depuis les années 1990 dans presque toutes les aventures scientifiques franco-québécoises, et pionnier de la formation au journalisme en ligne dès le début des années 2000, la notoriété de François Demers dépasse les frontières de son université. Professeur depuis 1980 à l’Université Laval, après avoir été journaliste pendant 15 ans, il a été tour à tour Doyen de la Faculté des Arts (1987-1996), Vice-Doyen à la recherche de la Faculté des Lettres (2003-2005), et directeur du programme de doctorat en communication publique de son université (2011-2020). Ces dernières années, il est toujours professeur associé aux activités du Département d’information et de communication et partage son temps entre son accompagnement de projets académiques (comme cette revue par exemple), la pêche et le pelletage de la neige à son chalet. François Demers est un fin observateur des transformations du monde journalistique québécois et nord-américain. Dans le sillage des travaux de Norbert Elias, il a déployé une pensée originale autour de la déstructuration et restructuration du journalisme dès 1998 alors que le journalisme se voyait confronté aux effets de l’arrivée d’internet dans le milieu. La concentration des médias a aussi fait l’objet de son attention particulière, tout comme les médias communautaires. Mais ce sont avant tout la démocratie et le débat public qui ont été son fil directeur tout au long de sa carrière. Penser le journalisme et toutes les formes de communication publique dans leurs rôles et implications politiques ont fait de lui ce chercheur attentif à l’actualité du monde médiatique. Cet entretien retrace ce parcours dans la recherche sur le journalisme depuis les années 1980.

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PT. François Demers é um dos co-fundadores da revista científica Sur le journalisme. Comprometido desde os anos 1990 em quase todas as aventuras científicas franco-quebequenses e pioneiro da formação em jornalismo on-line desde o início dos anos 2000, a notoriedade de François Demers ultrapassa as fronteiras de sua universidade. Professor desde 1980 na Université Laval (Canadá) despois de trabalhar como jornalista durante 15 anos, Demers foi decano (o equivalente, no Brasil, ao cargo de diretor) da Faculdade de Artes (1987-1996), vice-decano de pesquisa da Faculdade de Letras (2003-2005), e diretor do programa de doutorado em comunicação pública de sua universidade (2011-2020). Nos últimos anos, apesar da aposentadoria, tem atuado como professor associado no Departamento de comunicação e informação, dividindo seu tempo entre projetos acadêmicos (como, por exemplo, a coedição da Sur Le Journalisme), a pesca e a limpeza da neve no seu chalé. François Demers é um observador atento das transformações do mundo jornalístico no Québec e na América do Norte. Tendo como base os trabalhos de Norbert Elias, ele desenvolveu um pensamento original em torno da desestruturação e da reestruração do jornalismo a partir de 1998, momento em que essa atividade se via confrontada pelos efeitos da chegada da internet. A concentração da mídia é também objeto de atenção, nem como o fenômeno das mídias comunitárias. Mas é a democracia e o debate público que formam o fio condutor de suas pesquisas ao longo de toda a sua carreira. Pensar o jornalismo e todas as formas de comunicação pública por meio dos seus papeis e implicações políticas fizeram dele um pesquisador atento às tendências do mundo acadêmico. Esta entrevista retraça esse percurso na pesquisa sobre jornalismo desde os anos 1980.

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ES. François Demers es uno de los cofundadores de la revista científica Sur le Journalisme. Comprometido desde los años 90 con casi todas las aventuras científicas franco-quebequenses, y pionero en la formación del periodismo en línea desde principios de los años 2000, la notoriedad de François Demers va más allá de las fronteras de su universidad. Profesor desde 1980 en la Universidad Laval (Canadá) después de trabajar como periodista durante 15 años, Demers fue decano de la Facultad de Artes (1987-1996), vicedecano de investigación en la Facultad de Letras (2003-2005), y director del programa de doctorado en comunicación pública de su universidad (2011-2020). En los últimos años ha continuado trabajando como profesor asociado en el Departamento de Comunicación e Información, repartiendo su tiempo entre proyectos académicos (como, por ejemplo, la coedición de Sur le Journalisme), pescar y palear nieve en su chalet. François Demers es un agudo observador de las transformaciones del mundo periodístico en Quebec y América del Norte. A partir del trabajo de Norbert Elias, desarrolló un pensamiento original en torno a la desestructuración y reestructuración del periodismo a partir de 1998, época en que esta actividad se enfrentaba a los efectos de la llegada de Internet. La concentración de los medios también ha sido objeto de su atención, al igual que el fenómeno de los medios comunitarios. Pero son la democracia y el debate público los que forman el hilo conductor de su investigación a lo largo de su carrera. Pensar en el periodismo y todas las formas de comunicación pública a través de sus roles e implicaciones políticas lo convirtió en un investigador atento a las tendencias del mundo académico. Esta entrevista recorre este camino en la investigación periodística desde la década de 1980.

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EN. François Demers is one of the co-founders of the journal Sur le journalisme. Active since the 1990s in nearly all Franco-Quebec scientific projects and a pioneer in online journalism training in the early 2000s, François Demers’ reputation extends far beyond his home university. A professor at Laval University since 1980, following a 15-year career as a journalist, he has held several prominent academic roles: Dean of the Faculty of Arts (1987–1996), Vice-Dean of Research in the Faculty of Letters (2003–2005), and Director of the PhD program in Public Communication (2011–2020). In recent years, he has remained an associate professor affiliated with the Department of Information and Communication, dividing his time between supporting academic projects (such as this journal), fishing, and shoveling snow at his chalet. François Demers is a keen observer of the transformations in the Quebec and North American journalistic landscape. Inspired by the work of Norbert Elias, he developed an original perspective on the deconstruction and reconstruction of journalism as early as 1998, at a time when journalism was grappling with the impact of the internet. Media concentration has also been a particular focus of his research, as have community media. However, democracy and public debate have been the guiding themes throughout his career. Examining journalism and all forms of public communication in their political roles and implications has made him a scholar deeply attuned to the realities of the media world. This interview retraces his career in journalism research, spanning from the 1980s to the present day.

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