Des journalistes d’investigation face au « 5e pouvoir ». Collaboration, négociation et conflit avec des sources officielles en Suisse romande
DOI :
https://doi.org/10.25200/SLJ.v7.n2.2018.362Mots-clés :
Journalisme d’investigation, rapports aux sources, 5e pouvoir, TIC, Suisse romandeRésumé
FR. Cette contribution présente les premiers résultats d’une recherche empirique qualitative de type inductive et à visée exploratoire, inspirée d’une approche socio-ethnographique. Elle est basée sur une série d’entretiens semi-directifs menés en 2014-2016 avec des journalistes d’investigation travaillant ou ayant travaillé en Suisse dans les médias locaux, et mobilise la notion de « 5e pouvoir » afin de mieux distinguer les trois principaux modes (collaboratif, de négociation, conflictuel) caractérisant les relations entre journalistes et sources officielles. L’objectif est de mieux comprendre en quoi le mode conflictuel peut être lié directement ou indirectement à des usages des technologies de l’information et de la communication (TIC) par des fonctionnaires d’administrations, limitant de fait le « 4e pouvoir » traditionnellement attribué aux médias. Le focus est mis sur les dimensions économiques de ces stratégies, dans un contexte de crise accentuée des modèles d’affaires frappant en particulier la presse locale en Suisse romande depuis une quinzaine d’années. L’étude dresse une typologie de dix principales contraintes systématiquement identifiées par les journalistes, affectant leurs moyens d’investiguer voire, leur réputation et identité professionnelle. Elle conclut sur une « nécessaire réticence » des praticiens à définir en quoi consiste précisément le journalisme d’investigation, quelles sont ses limites et ses savoir-faire, comme moyen de conserver des avantages tactiques dans les rapports aux sources.
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EN. This paper examines the initial results of an exploratory socio-ethnographic inductive and qualitative empirical study. It is based on semi-structured interviews held in 2014 – 2016 with investigative reporters working (or who had worked) in local media and draws upon the notion of the Fifth Estate to help distinguish the three main modes (collaboration, negotiation, conflict) that characterize the relationship between journalists and official sources. The goal is to better understand how the conflictual mode may be linked directly or indirectly to the information and communication technology (ICT) employed by officials and how it may limit the powers of the Fourth Estate—the media. The study focusses on the economic dimensions of these strategies within the context of the of the business model crisis local media in Swiss Romandie has faced over the last fifteen years. The study compiles a typology of ten major constraints systematically brought up by journalists that affect their ability to investigate, and consequently their professional identity and reputation. It concludes with a “necessary reluctance” on the part of the journalists to define investigative journalism precisely—its limits and know-how—so as to conserve a tactical advantage in their relationship with their sources.
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PT. Esta contribuição apresenta os primeiros resultados de uma pesquisa empírica qualitativa, indutiva e exploratória, inspirada em uma abordagem sociodemográfica. Ela é baseada em uma série de entrevistas semiestruturadas realizadas entre 2014 e 2016 com jornalistas de investigativos que atuam ou tinham atuado na em mídias locais na Suíça. A pesquisa mobiliza a noção de “5o poder” para melhor distinguir os três principais modos (colaborativo, de negociação, conflituoso) que caracterizam as relações entre jornalistas e fontes oficiais. O objetivo é melhor compreender de que forma o modo conflituoso pode estar direta ou indiretamente ligado ao uso das tecnologias de informação e de comunicação (TICs) pelos funcionários da administração, limitando, assim, o “4o poder” tradicionalmente atribuído à mídia. Centra-se nas dimensões econômicas des- sas estratégias em um contexto de crise acentuada dos modelos de negócios e que afetam particularmente a imprensa local na Suíça romanche nos últimos 15 anos. O estudo constrói uma tipologia de dez constrangimentos principais sistematicamente identificados pelos jornalistas, e que afetam os meios de investigação, ou até mesmo sua reputação e identidade profissional. Ele conclui apontando uma “reticência necessária” por parte dos jornalistas em definir de forma precisa o jornalismo investigativo, seus limites e formas de fazer. Essa reticência é uma estratégia para preservar as vantagens táticas dos jornalistas nas relações com as fontes