Innovating contextual genres. A strategy to sustain regional democratic relevance?

Résumé

EN. This paper examines regional newsrooms and how they use genre innovation to develop and sustain their societal role in the democratic public sphere. The study draws upon both innovation theory and institutional theory and is based on five semi-structured interviews conducted in each of two regional newsrooms in Norway: Nordlys and Bergens Tidende. In the European context, Norway stands out because of its characteristically decentralized press structure and high newspaper readership and circulation. Norwegian regional media, however, are not immune to the media crisis generated by rapid technological change and the ensuing need to innovate in order to sustain influence. An analysis of the regional Nordlys and Bergens Tidende reveals a pro- digital culture in which journalists and editors are well aware of the state of constant flux, and that adapting is the only way to stay relevant. Nordlys has pioneered online commentary journalism, while Bergens Tidende has advanced the explanatory journalism genre. Both might be characterized as examples of contextual journalism, which has seen a significant rise in recent years. Contextual journalism represents a core element of journalism’s societal purpose—convey knowledge and analyze. This study found that genre innovations become a means to strengthen digital competence in newsrooms. Furthermore, these genre innovations are legitimized by the institutional role of the press, serving the citizenship and democracy, and strengthening the societal relevance of regional media. There seems to exist a tension between commerce and ideals, however, as interviewees emphasized both the marketing potential and the democratic value of these genres. Developing contextual genres might be seen as a strategy to protect the institutional value of journalism and sustain its role in the regional public sphere.

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FR. Cet article examine les salles de rédaction régionales et leur utilisation des innovations de genre pour développer et pérenniser leur rôle sociétal dans la sphère publique démocratique. L’étude s’appuie à la fois sur la théorie de l’innovation et sur la théorie institutionnelle. Elle s’appuie sur cinq entretiens semi-structurés menés dans chacune des deux salles de rédaction régionales en Norvège : Nordlys et Bergens Tidende. Dans le contexte européen, la Norvège se distingue par sa structure de sa presse particulièrement décentralisée ainsi que par son lectorat et son tirage élevés. Les médias régionaux norvégiens, cependant, ne sont pas à l’abri de la crise engendrée par les changements technologiques rapides et la nécessité d’innover qui s’ensuit pour maintenir leur influence. Une analyse édition régionales de Nordlys et Bergens Tidende révèle une culture pro-numérique dans laquelle les journalistes et les rédacteurs en chef sont bien conscients de l’évolution constante de la situation et du fait que l’adaptation est le seul moyen de rester pertinent. Nordlys a été le pionnier du journalisme de commentaire en ligne, tandis que Bergens Tidende a fait progresser le genre du journalisme d’explication. Tous deux pour- raient être qualifiés d’exemples de journalisme contextuel, qui a connu une augmentation significative ces dernières années. Le journalisme contextuel représente un élément central de l’objectif sociétal du journalisme —transmettre des connaissances et analyser des informations. Cette étude révèle que les innovations de genre deviennent un moyen de renforcer les compétences numériques dans les salles de rédaction. De plus, ces innovations de genre sont légitimées par le rôle institutionnel de la presse (au service de la citoyenneté et de la démocratie), et par le renforcement de la pertinence sociétale des médias régionaux. Il semble toutefois exister une tension entre le commerce et les idéaux, les personnes interrogées soulignant à la fois le potentiel marketing et la valeur démocratique de ces genres. Le développement de genres contextuels pourrait être considéré comme une stratégie visant à protéger la valeur institutionnelle du journalisme et à maintenir son rôle dans la sphère publique régionale.

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PT. Este paper examina as redações regionais e como eles se utilizam de gêneros inovadores para desenvolver e sustentar o seu papel societário na esfera pública democrática. O estudo se ampara tanto na teoria da inovação como na teoria institucional, ele é baseado em duas séries de cinco entrevistas semiestruturadas conduzidas em redações regionais da Noruega: Nordlys e Bergens Tidende. No contexto europeu, a Noruega se destaca por se caracterizar por uma estrutura de imprensa descentralizada e por um alto índice de leitura e de circulação de jornais. A mídia regional norueguesa, contudo, não está imune à crise da mídia gerada pela rápida mudança tecnológica e pela consequente necessidade de inovar para manter sua influência. Uma análise dos veículos regionais Nordlys e Bergens Tidende revela uma cultura pró-digital na qual jornalistas e editores estão bastante cientes da situação de constante fluxo de inovações, e de que a adaptação é a única forma de se manterem relevantes. Nordlys tem se mostrado pioneiro nos comentários on-line no jornalismo, já o Bergens Tidende tem avançado no gênero do jornalismo explanatório. Ambos podem ser caracterizados como exemplos de jornalismo contextual, o qual têm visto um expressivo crescimento nos últimos anos. O jornalismo contextual representa um elemento central da proposta societária do jornalismo – transmitir e analisar o conhecimento. Este estudo observou que os gêneros inovadores se constituíram em uma forma de fortalecer a competência digital nas redações. Além disso, esses gêneros inovadores são legitimados pelo papel institucional da imprensa, servindo à cidadania e à democracia, e fortalecendo a relevância societária da mídia regional. Parece haver uma tensão entre as dimensões comercial e das ideias, contudo, as entrevistas enfatizaram tanto o potencial para o marketing como os valores democráticos desses gêneros. O desenvolvimento de gêneros contextuais parece ser visto como uma estratégia para proteger o valor institucional do jornalismo e sustentar o seu papel na esfera pública regional.