Multiplication des statuts précaires et (dé)structuration de l’espace professionnel
DOI :
https://doi.org/10.25200/SLJ.v2.n2.2013.94Mots-clés :
Journalistes pigistes, statut professionnel des journalistes, précarité, accès aux droits, mode de rémunérationRésumé
Cet submission vise à interroger les formes d’encadrement du marché du travail du journalisme, la diversification des statuts d’emploi qui y ont cours et ses effets sur l’espace professionnel. Il s’appuie sur une exploitation secondaire des données
de la Commission de la carte d’identité des journalistes professionnels (carte de presse non obligatoire mais largement répandue en France), sur la confrontation avec d’autres sources statistiques, et sur une quarantaine d’entretiens avec des journalistes « instables », n’ayant pas de contrat de travail permanent mais rémunérés sous d’autres formes, relevant de différents secteurs de la presse écrite, aux situations diversifiées. L’analyse conclut à un recul voire un dépérissement – invisible jusqu’à présent – de la « pige », forme de paiement à l’submission, au feuillet ou à la journée, ponctuel ou plus régulier, mais qui est officiellement assimilée à un contrat de travail, selon une fiction juridique, et permet l’accès des personnes concernées à divers droits salariaux et sociaux. Ce statut classique est débordé par les divers statuts précaires qui se sont multipliés dans l’ensemble du salariat (contrats à durée déterminée, dont le terme, variant d’une journée à 12 voire 18 mois, est fixé à l’avance, et contrats aidés, bénéficiant de subventions de l’Etat avec des objectifs de réinsertion professionnelle). D’autres statuts utilisés proviennent de secteurs connexes aux médias d’information (artistes auteurs employés par la presse écrite au contact de l’édition, intermittents du spectacle employés en télévision au contact des métiers du spectacle et de l’audiovisuel). Ce processus de déstructuration du marché du travail a été accentué et amplifié par le statut d’auto-entrepreneur, considéré comme relevant du travail « indépendant », et rémunéré sous forme de factures pour des prestations de service, qui s’est particulièrement diffusé dans les secteurs médiatiques émergents ou dérégulés comme Internet. Quels rôles ont joué les différents acteurs de l’espace professionnel dans ces processus ? Comment comprendre la dynamique de ces évolutions ?
This submission aims to question the framing of the journalism labour-market, the diversification of employment classes within it, and its effects on the professional
field. It is based on a secondary statistical analysis of data from the Commission de la carte d’identité des journalistes professionnels (the press card is not compulsory
to work as journalist in France, but its use is widespread and still holds strong symbolic value), and their disagreement with other statistical sources; and on forty interviews of “casual” journalists without permanent contracts (remunerated in other ways) belonging to various sectors of the press in diverse contexts. The analysis demonstrates a decline, unseen until now, in “freelance” journalism; defined as payment per submission, per sheet or per day, occasional or more regular, but officially considered an employment contract according to legal fiction, allowing these journalists to benefit theoretically from all the labour rights and social security of employees. This classic status is overrun by other “precarious” labour categories, which have multiplied among salaried employees (fixed-term contracts, from one day, to twelve, or even eighteen, months; state-aided contracts, granted with the purpose of reintegration into the workforce). Other statuses originate in news media-related sectors (author-artist, employed by the written press on the fringes of the publishing sector; non-permanent employees of entertainment industries, employed by television at the boundary between the broadcast sector and entertainment). This destructuring process of the labour market has been furthered by the recent “auto-entrepreneur” status, regarded as a kind of “self-employment” and paid in the form of invoices for service delivery – widespread in emerging or unregulated media like the Internet. What are the roles of the various actors within the professional field in these processes? How can we understand the dynamics of these changes?
Este artigo tem por objetivo analisar as formas de controle do mercado de trabalho jornalístico, a diversificação dos estatutos profissionais e seu impacto sobre o espaço profissional. Ele é baseado na exploração de dados secundários da Comissão da carteira de identidade dos Jornalistas Profissionais (o documento não é obrigatório, mas é amplamente difundido e carregado de valor simbólico na França), em confronto com outras fontes estatísticas e 40 entrevistas com jornalistas em situações não estáveis de trabalho, ou seja, sem contrato permanente, mas remunerado de outras formas, em diferentes setores da imprensa. A análise demonstra uma queda – invisível até o momento – no jornalismo «freelancer», definido como o pagamento por reportagem, por página ou por dia trabalhado, ocasional ou com alguma regularidade, mas considerado oficialmente um contrato de trabalho de acordo com a ficção jurídica, permitindo teoricamente que esses jornalistas se beneficiem de todos os direitos trabalhistas e previdenciários dos demais empregados. Este estatuto clássico é suplantado por outras categorias «precárias» de trabalho, que se multiplicaram entre os empregados assalariados (contratos com prazo determinado, a partir de um dia, a 12 até 18 meses; contratos subsidiados pelo Estado, concedidos com a finalidade de reintegração da força de trabalho). Outros estatutos utilizados provêm de setores correlatos ao da mídia informativa (autores e artistas, trabalhadores do mercado editorial, da indústria de entretenimento e dos meios audiovisuais). Este processo de desestruturação do mercado de trabalho foi promovido pelo recente status de «auto-empresário», considerado como uma espécie de «auto-emprego», que é remunerado na forma de faturas de prestação de serviços, difundido em países emergentes ou pela mídia não regulamentada, como a Internet. Quais são os papéis dos vários atores do campo profissional nestes processos? Como podemos entender a dinâmica dessas mudanças?
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