Authors’ Rights and Audiences: Does Intellectual Property Protection Apply to User-Generated Content? A Comparative Legal Study of Online News.

Abstract

• Audience participation in the production process is an increasing reality in all elds of cultural production, from fan ction to news commentary, from transmedia extensions to news items themselves. Author participation takes many shapes, and user-generated content is the most authorial of them. Whether by way of well-formulated strategies of personal authorship or collaborative strategies with other users, or through derivative or collaborative work, audiences are casting a wider shadow on collective work – newspapers or websites, for instance. They complete previous work or create new product. Regardless, audiences have now joined journalists, photographers and the media themselves as actors in news creation and circulation, and constitute a very real part of media business. In this paper, we propose a comparative analysis of the changes introduced by this reality on legal activity, which has implied the reform of the copyright laws in all countries of the two main juridical traditions – Common law and Civil law – and also in the concrete practices of the media, as re ected speci cally in their legal terms and conditions, copyright notices and more generally, in the licenses and contracts signed by the users when they enter a website. We aim to determine the characteristics of legal protection as it applies to news content, regardless of its authorship, so as to explain the contemporary tendencies in copyright on news reporting as a social activity. To this end we use comparative legal research techniques, and more precisely, deal with one of the big issues concerning copyright law with respect to news production: the balance between the protection granted individual authors, journalists or users, and the protection granted corporate entities responsible for the content of collective work.

• L’intervention des audiences dans les processus de production est une réalité de plus en plus présente dans tous les domaines de la production culturelle, des « fan ctions » aux commentaires en ligne, des supports transmédias aux submissions d’information eux-mêmes. L’intervention des auteurs a pris de nombreuses formes, le contenu généré par l’utilisateur lui-même étant le plus auctorial de tous. Grâce à des stratégies construites autour de productions personnelles ou collaboratives avec d’autres utilisateurs, au travers d’œuvres collectives ou non, les audiences montrent une vision plus large du travail collectif — comme dans les journaux ou les sites en ligne, par exemple. Elles complètent des œuvres antérieures ou en créent de nouvelles. Quoi qu’il en soit, les audiences ont maintenant rejoint les journalistes, les photographes et les médias eux-mêmes en tant qu’acteur à part entière du traitement et de la circulation de l’information, jouant de fait un rôle dans le système économique médiatique. Dans cet submission, nous proposons une analyse comparative des changements introduits par cette réalité sur l’activité juridique, et notamment sur les implications des réformes des lois sur les droits d’auteurs dans tous les pays issus des deux grandes traditions juridiques — le droit commun et le droit civil —, ainsi que des pratiques concrètes des médias, particulièrement les termes et conditions juridiques, les énoncés concernant les droits d’auteurs et, en général, toutes les formes de licence et de contrat signées par les utilisateurs quand ils arrivent sur un site. Nous cherchons à déterminer quelles sont les caractéristiques de la protection juridique lorsqu’elles sont appliquées aux contenus d’actualité, quels que soient leurs auteurs, de manière à expliquer les évolutions contemporaines du droit d’auteur concernant l’information d’actualité, entendue comme activité sociale. Nous utilisons des techniques de recherche de droit comparé, et plus précisément, nous approfondissons l’un des enjeux fondamentaux concernant la production de nouvelles : l’équilibre entre la protection accordée aux auteurs, journalistes ou utilisateurs, et la protection accordée aux personnes morales responsables du contenu de l’œuvre collective.

• A intervenção das audiências no processo de produção é uma realidade cada vez mais presente no domínio da produção cultural, das “fan ctions” aos comentários online, dos suportes transmídia às próprias matérias jornalísticas. A intervenção dos outros tem tomado várias formas, sendo o conteúdo gerado pelo usuário a mais a autoral de todas. Graças a estratégias construídas em torno de produções pessoais ou colaborativas com outros usuários, por meio de obras coletivas ou não, as audiências mostram uma visão mais ampla do trabalho coletivo – como é o caso dos jornais ou dos sites online, por exemplo. Elas completam obras anteriores ou criam novas obras. Independente do que seja, as audiências se juntaram agora aos jornalistas, fotógrafos e à própria mídia enquanto criadores à parte no tratamento e na circulação da informação, desempenhando, dessa forma, um papel no sistema econômico midiático. Neste artigo, propomos uma análise comparativa das mudanças introduzidas por essa realidade na atividade jurídica e, sobretudo, das implicações das reformas nas leis de direito autoral nos países originários de duas grandes tradições jurídicas – a do direito comum e a do direito civil –, bem como nas práticas concretas da mídia, particularmente nos termos e condições jurídicas, nos enunciados referentes ao direitos autorais e, de modo geral, em todas as formas de licença e contratos assinados pelos usuários no momento em que eles entram em um site. Buscamos determinar quais são as características da proteção jurídica na ocasião em que elas são aplicadas a conteúdos sobre a atualidade, independente de quem sejam os autores, de forma a explicar as evoluções contemporâneas do direito autoral em relação à informação sobre a atualidade, entendida como atividade social. Utilizamos técnicas de pesquisa do direito comparado e, mais especi camente, nos aprofundamos em uma das dinâmicas fundamentais referentes à produção de notícias: o equilíbrio entre proteção garantida aos autores, jornalistas ou usuários, e a proteção garantida às pessoas morais, responsáveis pelo conteúdo da obra coletiva.