Confronting Risk at the Crossroads of Media Freedom in Burma
DOI:
https://doi.org/10.25200/SLJ.v7.n1.2018.341Keywords:
risk, journalism, freedom of expression, Burma, MyanmarAbstract
Pt.
Apesar de quinze anos sob censura estrita, a mídia étnica, as agências de notícias produzidas a partir do exílio, os jornalistas cidadãos, os blogueiros e mesmo os veículos de mídia sancionados pelo estado em Burma têm apresentado um surpreendente grau de diversidade e diálogo, funcionado por debaixo do controle estatal. Atualmente, apesar da promessa da reforma legislativa, essa atividade midiática se encontra em uma encruzilhada histórica, onde praticantes marginais ou exilados estão re- tomando a produção clandestina no interior de Burma. Este artigo descreve as percepções de risco durante os anos da ditadura a partir do ponto de vista dos jornalistas. Também busca entender os motivos pelos quais eles continuam o seu trabalho mesmo sob a ameaça de prisão, exílio ou morte. Para isso, examina o contexto histórico que garantiu aos jorna- listas um lugar proeminente na luta pela democracia em Burma. Finalmente, contempla os riscos futuros ao trabalho dessas pessoas face ao novo ambiente, e formula alguns aspectos a serem considerados pela comunidade internacional. Após décadas de luta, a mudança para um governo civil tem criado uma abertura para que as organizações de mídia possam retornar à superfície e/ou voltar do exílio. Contudo, o jornalismo está longe de ter uma po- sição segura. Os jornalistas ainda estão sujeitos à prisão e assédio. Também correm riscos em áreas em que o conflito armado continua e os soldados do Exército de Burma operam fora do controle central. Em meio a uma transição incerta rumo a um governo civil, ainda não há um final claro para essa história. Além disso, a paisagem midiática se abriu para que as potências do Oeste pudessem exportar suas próprias visões em relação à prática da mí- dia comercial/corporativa em nome do ‘desenvolvimento democrático’, mas sem considerar as estruturas e métodos já bem sucedidos do jornalismo nativo. Em meio a esse contexto geral, sustenta-se aqui que, sem uma compreensão completa da diversidade e da força demonstrada pela mídia alternativa (grassroots) já existente, há um risco de a assistência internacional ao desenvolvimento da mídia possa atrapalhar um tipo de jornalístico que já leva em consideração os riscos envolvidos em selutar abertamente contra os detentores de poder e que busca justiça social em vez do lucro.
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