What We Talk about When We Talk about Local Journalism. Tacit Knowledge during the Digital Shift
DOI:
https://doi.org/10.25200/SLJ.v7.n2.2018.363Keywords:
Local journalism, tacit knowledge, digital competence, Facebook, digital journalismAbstract
EN. Norwegian local journalism has become more digitally oriented after a period of lagging behind both national and regional media in the digitalisation process. The shift implies both an increased focus on online newspapers and social media, as well as greater communication with the public. Questions concerning the de-professionalisation of journalism – understood as decreased journalistic autonomy and sense of social responsibility – are under discussion both nationally and internationally. Convergence blurs many old distinctions. New skills, ways of thinking and modes of working are emerging, and the practice of traditional place-bound journalism is changing in many ways. Hence, new practices require new knowledge and tacit knowledge has always been a crucial part of the journalistic knowledge base. In local journalism, the tacit, indwelled knowledge about the community becomes a specific dimension. This article highlights and analyses the dimensions of tacit knowledge elicited from local journalistic discourse. Data are generated through in-depth interviews with 16 local journalism actors from four dif- ferent Norwegian newsrooms on two locations – including local press and district offices of the Norwegian broadcasting company. The analysis scrutinises audience conceptions and interactions, daily production and local journalistic role conceptions. It shows that what in workday practice is referred to as “digital competence” is to a great extent relational, tacit knowledge. The analysis also points towards new tacit knowledge emerging to deal with increased transparency, digital presence, and role positioning in the intersection between traditional ideals and new demands. Legitimate conduct within the profession includes a new sense of tempo, a looser attachment to what is purely local, a new sense of flexibility and a new sense of public approach, as well as the understanding of a more transparent journalistic role. Communication is a central part of what journalists refer to as digital com- petence. The analysis draws on tacit knowledge theories and professional theories.
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FR. Le journalisme local en Norvège s’est tourné récemment davantage vers le numérique après une période de retard par rapport aux médias nationaux et régionaux dans la marche vers la digitalisation. Ce changement implique à la fois une concentration accrue sur la partie “en ligne” des médias et les réseaux sociaux, ainsi qu’une plus grande communication avec le public. Des questions concernant la déprofessionnalisation du journalisme –entendue comme une perte d’autonomie journalistique et un sens des responsabilités sociales– sont en cours de discussion aux niveaux national et international. La convergence efface de nombreuses distinctions anciennes. De nouvelles compétences, modes de penser et modes de travail font leur apparition et la pratique du journalisme territorial traditionnel évolue de nombreuses manières. Par conséquent, les nouvelles pratiques nécessitent de nouvelles connaissances et les connaissances tacites ont toujours été une part cruciale de la base de connaissances des journalistes. Dans le journalisme local, la connaissance tacite et de la communauté devient une dimension spécifique. Cet article met en évidence et analyse les dimensions de la connaissance tacite issues du discours journalistique local. Les données sont générées par le biais d’entretiens approfondis avec 16 acteurs du journalisme local provenant de quatre salles de rédaction norvégiennes différentes sur deux sites différents - y compris les bureaux locaux de la société de radiodiffusion norvégienne. L’analyse examine les conceptions et les interactions avec le public, la production quotidienne et les conceptions du rôle journalistique local. Elle montre que ce que l’on appelle la « compétence numérique » dans la pratique quotidienne est en grande partie une connaissance relationnelle, tacite. L’analyse met également en évidence de nouvelles connaissances tacites en train de naître pour faire face à une transparence accrue, une présence numérique et un positionnement des rôles à l’intersection des idéaux traditionnels et des nouvelles demandes. Une conduite légitime au sein de la profession comprend un nouveau sens du tempo, un attachement plus modéré à ce qui est purement local, un nouveau sens de la flexibilité et un nouveau sens de l’approche publique, ainsi que la compréhension d’un rôle journalistique plus transparent. La communication est un élément central de ce que les journalistes appellent la compétence numérique. L’analyse s’appuie sur des théories du savoir tacites et des théories professionnelles.
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PT. Foi apenas recentemente que o jornalismo local na Noruega adotou o formato digital, com atraso em relação à mídia nacional e regional. Essa mudança implicou, por um lado, em um aumento da concentração no setor da mídia “on-line” e nas redes sociais, bem como uma maior comunicação com o público. Questões ligadas à desprofissionalização do jornalismo – entendida como uma perda da autonomia jornalística e de um sentido de responsabilidade social – estão atualmente em discussão nos níveis nacional e internacional. A convergência apaga várias das antigas distinções. Novas compe- tências, formas de pensar e modos de trabalho fazem parte desse processo e a prática do jornalismo territorial tradicional tem evoluído de várias formas. Como consequência, essas novas práticas requerem novos conhecimentos e os conhecimentos tácitos sempre foram uma parte crucial da base de conhecimento dos jornalistas. No jornalismo local, o conhecimento tácito e o conhecimento partilhado pela comunidade de praticantes adquirem uma dimensão específica. Nesse sentido, este artigo apresenta e analisa as dimensões do conhecimento tácito originárias do discurso jornalístico local. Os dados são gerados por meio de entrevistas em profundidade conduzidas com 16 atores do jornalismo local provenientes de quatro redações norueguesas de duas localidades distintas – incluindo os escritórios locais da sociedade de radiodifusão norueguesa. A análise examina as concepções e as interações com o público, a produção cotidiana da informação e as concepções sobre o papel do jorna- lismo local. Ela mostra que o que chamamos de “competência digital” em uma prática cotidiana é, em grande parte, um conhecimento relacional, tácito. A análise também evidencia novos conhecimentos tácitos que emergem para dar conta do crescimento da transparência. É o caso da presença digital e de um posicionamento de papeis situados na interseção dos ideais tradicionais do jornalismo e de novas demandas. Uma prática legítima no âmbito da profissão inclui um novo sentido de tempo, um vínculo mais moderado com o que é meramente local, um novo sentido de flexibilidade e um novo sentido de abordagem pública, bem como a compreensão de um papel jornalísticos mais transparente. A comunicação é um elemento central do que os jornalistas chamam de competência digital. A análise se ampara em teorias sobre os saberes tácitos e as teorias sobre a profissão.