Les Propagandakompanien : des reporters soldats
Keywords:
war reportage, World War II, Propagandakompanien, editorial enunciation, press imagesAbstract
FR. Les Propagandakompanien sont des unités militaires de l’armée allemande chargées de produire l’information sur les fronts de guerre lors de la seconde guerre mondiale. Ces unités compteront jusqu’à 15000 hommes recrutés sur la base de leur compétence professionnelle dans tous les domaines de l’information, mais enrôlés sous l’uniforme et soumis à l’ordre militaire sous la tutelle du Haut commandement de l’armée. Elles s’inscrivent cependant dans un dispositif plus vaste de propagande d’État pilotée par le Ministère de l’éducation du peuple et de la propagande du Reich dirigé par Joseph Goebbels. À la volonté des militaires de maîtriser les images et les récits sur les opérations de guerre, se superpose donc la volonté du pouvoir national-socialiste de fournir aux opinions publiques intérieures et extérieures une version épique et une vision positive de la guerre. C’est un véritable processus d’industrialisation de la production et la diffusion d’images (objets de notre recherche) qui est alors mis en place, dans lequel l’initiative individuelle des reporters soldats est interdite —même si certains produisent des images personnelles, mais qui ne seront jamais diffusées pendant le conflit. Ils doivent répondre à des commandes précises de reportage, sont soumis à des consignes détaillées de prise de vue. Et les images produites sont soumises à la double censure militaire et politique avant leur diffusion. Les analyses parallèles de corpus de la presse allemande et française lors de la « campagne de Pologne » montrent cependant le caractère relativement stéréotypé des images finalement diffusées, même si leur circulation par les agences de presse leur confère une certaine légitimité. L’effacement très fréquent de la référence à la source autorise leur réappropriation éditoriale par les journaux, gommant ainsi leur caractère propagandiste, permettant alors les discours d’adhésion ou de condamnation suivant le contexte de leur diffusion.
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EN. The Propagandakompanien were military units of the German army in charge of producing information on the war fronts during the Second World War. These units counted up to 15,000 men recruited on the basis of their professional skills in all fields linked to information, but enlisted and subjected to military rule under the supervision of the army's High Command. They were, however, part of a larger system of state propaganda led by the Reich’s Ministry of Education of the People and Propaganda headed by Joseph Goebbels. In addition to the military's desire to control the images and stories of war operations, the National Socialist government also wished to provide public opinion, both inside and outside the country, with an epic version and a positive vision of the war. A full-scale process of industrialization of the production and the diffusion of images (the objects of our research) was set up, in which individual initiatives of the soldiers-reporters was prohibited - even if some did produce personal images, but which were never be circulated during the conflict. They had to respond to precise reportage commissions and were bound by very precise photographic instructions. And the images produced were subject to both military and political censorship before being published. Parallel analyses of a corpus composed of the German and French press coverage of the "Polish campaign" shows, however, the relatively stereotyped character of the images finally released, even if their circulation by the press agencies conferred to them a certain legitimacy. The very frequent erasure of a reference to the author authorized their editorial recuperation by the newspapers, thus erasing their propagandist character, this creating room for speeches of support or condemnation according to the context of their diffusion.
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PT. As Propagandakompanien eram unidades militares do exército alemão incumbidas de produzir informações sobre os frontes de batalha da Segunda Guerra Mundial. Essas unidades reuniam até 15.000 homens que, embora recrutados com base em sua competência profissional em todas as áreas da informação, eram alistados sob a farda e sujeitos à ordem militar e à tutela do Alto Comando do exército. Todavia, integravam um dispositivo mais amplo de propaganda de estado do Ministério da Educação do Povo e da Propaganda do Reich, dirigido por Joseph Goebbels. Assim, ao desejo dos militares de controlar as imagens e narrativas sobre as operações de guerra, sobrepunha-se a vontade do poder nacional-socialista de passar para a opinião pública, dentro e fora do país, uma versão épica e uma visão positiva da guerra. Trata-se da implementação de um verdadeiro processo de industrialização da produção e difusão de imagens (objetos de nossa pesquisa), em que a iniciativa individual dos repórteres soldados era coibida, ainda que produzissem imagens pessoais que nunca seriam transmitidas durante o conflito. Além de orientações precisas de reportagem, eram obrigados a seguir instruções detalhadas de captura de imagem. As imagens produzidas passavam então por uma dupla censura, política e militar, antes de serem divulgadas. As análises paralelas de corpus contrastando a imprensa alemã e a francesa durante a "campanha da Polônia" revelam o caráter relativamente estereotipado das imagens divulgadas, ainda que sua circulação pelas agências de imprensa lhes conferisse certa legitimidade. A ausência, muito frequente, da referência à fonte autorizava sua reapropriação editorial pelos jornais. Assim, o protagonismo dos repórteres era totalmente apagado, o que abria brechas para discursos de aprovação ou reprovação, de acordo com o contexto de divulgação.
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