Donner les clés aux futur·es journalistes pour exercer leur rôle démocratique

Entretien avec Pauline Amiel

Resumen

FR. Cet entretien avec Pauline Amiel, enseignante chercheure et directrice l’École de Journalisme et de Communication d’Aix-Marseille Université, propose une réflexion sur l’engagement démocratique des enseignant·es-chercheur·es en écoles publiques de journalisme reconnues, à partir du retour sur une trajectoire professionnelle. Il souligne le rôle particulier de ces formations, labellisées par la CPNEJ, dans l’écosystème journalistique français : elles concilient la transmission des savoir-faire professionnels exigés par les rédactions et un engagement démocratique fondé sur l’éthique et la critique des pratiques journalistiques. Cette tension structurelle expose les enseignant·es-chercheur·es à des injonctions contradictoires entre impératifs universitaires, exigences de professionnalisation et attentes sociétales. Le texte insiste sur la manière dont la reconnaissance par la CPNEJ, tout en facilitant l’insertion professionnelle, réduit l’espace consacré aux sciences humaines et sociales dans les maquettes de formation. L'analyse s’appuie sur une méthodologie qualitative combinant observation participante, collecte de documents institutionnels et échanges au sein des équipes pédagogiques. Elle montre que ces formations sont traversées par des enjeux idéologiques majeurs, liés à la défiance envers les médias, aux mutations du journalisme contemporain et à la montée d’un modèle entrepreneurial du métier. Dans ce contexte, le rôle des enseignant·es-chercheur·es est redéfini : ils et elles doivent soutenir l’idéal démocratique du journalisme tout en répondant aux attentes du marché du travail. L’engagement dans ces formations est ainsi décrit comme un engagement de service public : il vise à former des journalistes capables de naviguer dans un espace médiatique marqué par l'incertitude, l'extension du flou professionnel et les crises de confiance démocratique. Ce travail souligne l'importance de maintenir une approche critique, éthique et humaniste du journalisme, face à la pression des logiques de marché et à la nécessité d’une recomposition du rôle des médias dans les démocraties contemporaines.

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EN. This interview with Pauline Amiel, lecturer and researcher and director of the École de Journalisme et de Communication at Aix-Marseille University, offers a reflection on the democratic commitment of academic staff in publicly funded and professionally accredited journalism schools in France, based on an analysis of a professional trajectory. It highlights the specific role of these programs, certified by the CPNEJ (National Joint Commission for the Employment of Journalists), within the French journalistic ecosystem: they aim to reconcile the transmission of professional skills required by newsrooms with a democratic commitment rooted in ethics and critical reflection on journalistic practices. This structural tension exposes academic staff to conflicting pressures between academic requirements, professionalization demands, and societal expectations. The text emphasizes how CPNEJ recognition, while facilitating students’ professional integration, simultaneously reduces the space allocated to the humanities and social sciences within journalism curricula. The analysis is based on a qualitative methodology combining participant observation, collection of institutional documents, and discussions within teaching teams. It shows that these programs are deeply shaped by major ideological challenges, linked to public distrust of the media, transformations within contemporary journalism, and the rise of an entrepreneurial model of the profession. In this context, the role of academic staff is being redefined: they must support journalism’s democratic ideals while responding to labor market expectations. Engagement within these programs is thus portrayed as a form of public service: it seeks to educate journalists capable of navigating a media environment marked by uncertainty, increasing professional ambiguity, and crises of trust in democracy. This work underscores the necessity of maintaining a critical, ethical, and humanistic approach to journalism given the pressures of market logics and the urgent need to rethink the role of the media within contemporary democracies.

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PT. Esta entrevista com Pauline Amiel, professora, pesquisadora e diretora da Escola de Jornalismo e Comunicação da Universidade de Aix-Marseille, propõe uma reflexão sobre o engajamento democrático dos(as) docentes-pesquisadores(as) nas escolas públicas de jornalismo reconhecidas, a partir da análise de uma trajetória profissional. Destaca-se o papel específico desempenhado por esses cursos, credenciados pela CPNEJ, no ecossistema jornalístico francês: eles conciliam a transmissão das competências profissionais exigidas nas redações com um compromisso democrático fundamentado na ética e na abordagem crítica das práticas jornalísticas. Essa tensão estrutural expõe os(as) docentes-pesquisadores(as) a injunções contraditórias, entre imperativos acadêmicos, demandas de profissionalização e expectativas da sociedade. O texto enfatiza como o reconhecimento pela CPNEJ, ao mesmo tempo em que facilita a inserção profissional, reduz o espaço dedicado às Ciências Humanas e Sociais nos currículos de formação. A análise baseia-se em uma metodologia qualitativa que combina observação participante, coleta de documentos institucionais e discussões dentro das equipes docentes. Mostra que esses cursos são permeados por importantes questões ideológicas, ligadas à desconfiança em relação à mídia, às mudanças no jornalismo contemporâneo e à ascensão de um modelo empresarial da profissão. Nesse contexto, o papel dos(as) docentes-pesquisadores(as) vem sendo redefinido: cabe a eles e a elas sustentarem o ideal democrático do jornalismo e, ao mesmo tempo, atenderem às expectativas do mercado de trabalho. O engajamento nesses cursos é, portanto, descrito como um compromisso de serviço público: o objetivo é formar jornalistas capazes de navegar em um espaço midiático marcado pela incerteza, pela diluição das fronteiras profissionais e pelas crises de confiança na democracia. O trabalho reforça a importância de se manter uma abordagem crítica, ética e humanista do jornalismo, diante da pressão das lógicas de mercado e da necessidade de uma recomposição do papel da mídia nas democracias contemporâneas

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ES. Esta entrevista con Pauline Amiel, profesora investigadora y directora de la Escuela de Periodismo y Comunicación de la Universidad de Aix-Marsella, propone una reflexión sobre el compromiso democrático de lxs profesorxs-investigadorxs en las escuelas públicas de periodismo reconocidas, a partir del análisis de una trayectoria profesional. Subraya el papel particular de estas formaciones, acreditadas por la CPNEJ (Comisión Paritaria Nacional de Empleo de Periodistas), dentro del ecosistema periodístico francés: combinan la transmisión de los saberes prácticos exigidos por las redacciones con un compromiso democrático basado en la ética y la crítica de las prácticas periodísticas. Esta tensión estructural expone a lxs profesorxs-investigadorxs a mandatos contradictorios entre las exigencias universitarias, los imperativos de profesionalización y las expectativas sociales. El texto insiste en cómo el reconocimiento de la CPNEJ, aunque favorece la inserción profesional, reduce el espacio dedicado a las ciencias humanas y sociales en los planes de estudio. El análisis se apoya en una metodología cualitativa que combina observación participante, recopilación de documentos institucionales e intercambios dentro de los equipos docentes. Muestra que estas formaciones están atravesadas por importantes desafíos ideológicos, vinculados a la desconfianza hacia los medios, las transformaciones del periodismo contemporáneo y el ascenso de un modelo empresarial de la profesión. En este contexto, el papel de lxs profesorxs-investigadorxs se redefine: deben preservar el ideal democrático del periodismo mientras responden a las exigencias del mercado laboral. El compromiso en estas formaciones se describe así como un compromiso de servicio público: busca formar periodistas capaces de desenvolverse en un espacio mediático caracterizado por la incertidumbre, la ampliación de los límites profesionales y las crisis de confianza democrática. Este trabajo subraya la importancia de mantener un enfoque crítico, ético y humanista del periodismo, frente a las presiones de las lógicas de mercado y la necesidad de una recomposición del papel de los medios en las democracias contemporáneas.

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