Les accrédités auprès de l’UE et les correspondants français et italiens face au défi numérique
DOI :
https://doi.org/10.25200/SLJ.v5.n1.2016.191Mots-clés :
Journalism, CorrespondentsRésumé
- Dans un contexte dominé par l’immédiateté et la multiplication des sources d’information et les outils du Web 2.0, les médias sociaux sont devenus incontournables dans la production et le traitement de l’actualité internationale. Le présent submission se propose de déterminer les conséquences de cette nouvelle configuration sur la production de l’information européenne et sur l’évolution du poste de correspondant accrédité auprès de l’Union européenne, en nous intéressant spécifiquement aux français et italiens, pour lesquels aucune recherche n’a été publiée jusqu’à présent. Notre investigation, basée notamment sur des enquêtes de terrain, des statistiques et des analyses d’entretiens semi-directifs, tente de répondre aux questions suivantes : l’Internet et les médias sociaux, exploités prioritairement par les institutions européennes, représentent-t-ils pour l’accrédité un nouvel outil de travail et un nouveau terrain d’expression et de diffusion de l’information ? Ces médias bouleversent-ils leurs pratiques ? Quelle est l’attitude des accrédités face à l’essor du journalisme amateur ? Quel est l’impact du web social sur leur statut de news-gatherer et news-manufacturer ? Nos observations montrent que l’irruption du numérique ne semble pas avoir suscité une véritable réorganisation en profondeur des structures de production ni même des routines de travail de l’accrédité : le Web 2.0 représente une source d’information complémentaire des sources traditionnelles. Dans le microcosme bruxellois, certains s’adressent à leurs sources confidentielles ou appellent un collègue pour vérifier une information, d’autres surfent à la recherche d’un scoop et considèrent la toile comme un nouveau moyen pour mieux vendre la news « Europe ». Même s’il est devenu possible aujourd’hui pour de nouveaux acteurs opérant en ligne de suivre l’actualité et la communication de l’UE à distance et en tant réel, rien ne garanti que les informations soient convenablement traitées ni même reprises par les médias. De ce point de vue, l’accrédité reste l’interlocuteur privilégié des médias susceptibles d’influencer l’agenda-setting, notamment pour fixer la hiérarchie des priorités et, en tant que gatekeeper, pour influencer ou opérer la sélection des sujets traités.
In a context dominated by the instantaneity and the proliferation of Web 2.0 information sources and tools, social media have become essential in the production and dissemination of international news. This paper sets out to determine the consequences of this new arrangement on the production of European news and the evolution of the role of the European Union-accredited correspondent, with special attention paid to the French and Italians, on whom no research has been published so far. Our investigation, mainly based on field research, statistics and analysis of semi-structured interviews, aims to answer the following questions: do the Internet and social media, of critical importance to European institutions, represent a new work tool, and a new form of expression and dissemination of news for the accredited professional? Do these media upset news-gathering practices? What is the attitude of accredited professionals toward the rise of amateur journalism? What is the impact of social media on their status as news-gatherers and news-manufacturers? Indeed, our observations show that the emergence of the digital world does not appear to have sparked a profound reorganization of production structures or even work routines of accredited correspondents—Web 2.0 represents a source of information which complements traditional ones. In the Brussels microcosm, some correspondents contact their confidential sources or call a colleague to check information, others surf the net looking for a scoop and consider the web as a way to better sell European news. Though it has become possible today for a new cast of consumers to follow EU news and commentary online from anywhere and in real time, there are no guarantees that the news will be properly addressed or even retransmitted by media. From this perspective, the accredited professional remains the predominant media interlocutor and the principal influencer of agenda-setting, most notably in determining the order of priorities and, as gatekeeper, influencing and carrying out the selection of topics to be covered.
- Em um contexto dominado pela instataneidade e a proliferação das fontes de informação e das ferramentas da Web 2.0, as mídias sociais tornaram-se essenciais na produção e disseminação de notícias internacionais. Este artigo se propõe a analisar as consequências desse novo arranjo na produção de notícias europeias e a evolução do papel do correspondente credenciado junto à União Europeia, particularmente os correspondentes franceses e italianos, sobre os quais nenhuma pesquisa foi publicada até o momento. Nossa investigação, baseada principalmente em pesquisa de campo, estatísticas e análises de entrevistas semiestruturadas, visa responder às seguintes perguntas: de que forma a internet e as mídias sociais, utilizadas prioritariamente pelas instituições europeias, se constituem em uma nova ferramenta de trabalho, e uma nova forma de expressão e disseminação de notícias para o profissional credenciado? Esses meios perturbam suas práticas de coleta de notícias? Qual é a atitude dos profissionais credenciados face à ascensão do jornalismo amador? Qual é o impacto das mídias sociais sobre o estatuto dos jornalistas como coletores de notícias e produtores de notícias? De fato, nossas observações mostram que a emergência do mundo digital não parece ter provocado uma profunda reorganização das estruturas de produção ou até mesmo das rotinas de trabalho dos correspondentes credenciados – a Web 2.0 representa uma fonte de informação que complementa as fontes tradicionais. No microcosmo de Bruxelas, alguns correspondentes em contato com suas fontes confidenciais chamam um colega para checar a informação, outros navegam na internet à procura de um furo jornalístico e consideram a web como uma forma de vender melhor as notícias sobre a Europa. Embora hoje tenha se tornado possível para um novo elenco de consumidores seguir as notícias sobre a UE e fazer comentários online de qualquer lugar e em tempo real, não há garantias de que as notícias vão ser devidamente abordadas ou mesmo retransmitidas pelos meios de comunicação. A partir desta perspectiva, o profissional credenciado permanece o como o principal interlocutor da mídia, destacando-se também na construção da agenda midiática – particularmente na forma como ele define a ordem de prioridades da cobertura. Finalmente, ele assume o papel de gatekeeper, influenciando e realizando a seleção de tópicos a serem abordados pela mídia.
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Publié-e
16-09-2016
Comment citer
Agostino, A. (2016). Les accrédités auprès de l’UE et les correspondants français et italiens face au défi numérique. Sur Le Journalisme, About Journalism, Sobre Jornalismo, 5(1), 72–85. https://doi.org/10.25200/SLJ.v5.n1.2016.191
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