La violence des médias vietnamiens à l’encontre des intellectuels critiques

Le cas de Đỗ Thị Thoan

Auteurs-es

  • Thi Thanh Phuong Nguyen-Pochan Université Paris 8 et EHESS

DOI :

https://doi.org/10.25200/SLJ.v10.n1.2021.457

Mots-clés :

Médias vietnamien, Violence journalistique, Autoritarisme, Intellectuels critiques, Littérature post-Đổi Mới

Résumé

FR. Cet article examine la violence médiatique à l’égard de Đỗ Thị Thoan, l’auteure d’un master ès lettres intitulé « La position marginale : la performance poétique du groupe Ouvrir la bouche d’un point de vue culturel », soutenu avec succès en 2010 au sein de l’École normale supérieure de Hanoi. En 2013, son positionnement politique tombe dans le viseur des médias conservateurs qui ont orchestré une campagne de critique non seulement à l’encontre de l’auteure du mémoire et du groupe Ouvrir la bouche, mais aussi et surtout vis-à-vis des chercheurs universitaires, ceux qui ont soutenu le nouveau courant de la critique littéraire dont l’émergence est marquée par la mise en œuvre, depuis 1986, des réformes socioéconomiques connues sous l’appellation de Đổi Mới (le Renouveau). Ce traitement médiatique résulterait, d’une part, de la violence structurelle du régime autoritaire : les médias agissent comme le bras prolongé de l’État et du Parti communiste vietnamien en extériorisant leur état d’âme à travers des formes sensibles du discours. D’autre part, il révélerait la transformation du régime, consistant dans la redéfinition du rôle politique de la critique littéraire, la vulnérabilité du discours de censure et la gestion étatique de la presse dans le contexte de réforme. Cette transformation relèverait d’une fracture idéologique au sein du pouvoir mais aussi de sa volonté de dissimuler cette fracture. Dans une perspective performative et pragmatique, nous appliquerons la méthode de l’analyse du discours à examiner les effets structurels et le sens subjectif de la violence médiatique. En nous appuyant sur un corpus constitué de 16 articles issus de sept médias officiels qui ont couvert l’affaire entre 2013 et 2014, nous analyserons cette violence à travers les pratiques de l’information des médias, leurs pratiques discursives et les enjeux politiques qui en découlent.

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EN. This study will examine media violence against Đỗ Thị Thoan, the author of an MA thesis entitled “Marginal position: the Open Mouth group’s poetic experiments from a cultural perspective,” successfully defended in 2010 at the Hanoi National University of Education. In 2013, her political position came under attack by the conservative media, which orchestrated a critical campaign not only against her and the group Open Mouth, but above all against university scholars who supported the new current of literary criticism that emerged with the advent of socioeconomic reforms (Đổi Mới (the Renewal)) promoted by the Communist Party of Vietnam (CPV) since 1986. On the one hand, these media attacks were a manifestation of the authoritarian regime's structural violence: media act as an arm of the state and the CPV by externalizing their state of mind through responsive discourse. On the other hand, it exposed a shift in the regime and a redefinition of the political role of literary criticism, a vulnerability of the discourse on censorship and the state's management of the press in the context of the Đổi Mới reform. This shift reflected both an ideological divide within the party, and its desire to conceal this divide. From a performative and pragmatic perspective, we will use discourse analysis to examine the structural effects and subjective meaning of the media violence. Drawing on a corpus of 16 articles from 7 official media outlets that covered the case under study in 2013 and 2014, we will analyze this violence through the news practices of media, their discursive practices and the ensuing political issues.

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PT. Este artigo examina a violência na mídia contra Đỗ Thị Thoan, autora de um mestrado em Letras intitulado “A posição marginal: a performance poética do grupo Abra a boca de um ponto de vista cultural", defendido com sucesso em 2010 na Escola Normal Superior de Hanoi. Em 2013, sua posição política caiu na mira da mídia conservadora, que orquestrou uma campanha de críticas não só à autora do livro de memórias e ao grupo Boca Aberta, mas também e sobretudo aos pesquisadores acadêmicos que apoiaram a nova corrente de crítica literária cujo surgimento foi marcado pela implementação, desde 1986, das reformas socioeconômicas conhecidas como Đổi Mới (a Renovação). Esse tratamento midiático resultaria, por um lado, da violência estrutural do regime autoritário: os meios de comunicação atuam como o braço estendido do Estado e do Partido Comunista vietnamita, externalizando seu estado de espírito por meio de formas sensíveis de discurso. Por outro lado, revelaria a transformação do regime, consistindo na redefinição do papel político da crítica literária, a vulnerabilidade do discurso da censura e a gestão estatal da imprensa no contexto da reforma. Essa transformação resultaria de uma divisão ideológica no seio do poder, mas também de seu desejo de encobrir essa divisão. De uma perspectiva performativa e pragmática, aplicaremos o método da análise do discurso para examinar os efeitos estruturais e o significado subjetivo da violência midiática. A partir de um corpus formado por 16 reportagens de sete veículos oficiais que cobriram o caso entre 2013 e 2014, analisaremos essa violência por meio das práticas de informação midiática, suas práticas discursivas e as questões políticas resultantes disso.

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Publié-e

15-06-2021

Comment citer

Nguyen-Pochan, T. T. P. . (2021). La violence des médias vietnamiens à l’encontre des intellectuels critiques : Le cas de Đỗ Thị Thoan. Sur Le Journalisme, About Journalism, Sobre Jornalismo, 10(1), 98–111. https://doi.org/10.25200/SLJ.v10.n1.2021.457