Les réseaux sociaux du web et les campagnes électorales au Gabon
DOI:
https://doi.org/10.25200/SLJ.v9.n1.2020.424Palavras-chave:
redes sociais, comunicação, eleição, jornalismo, GabãoResumo
FR. En Afrique en général et au Gabon en particulier, les réseaux sociaux numériques du Web ont participé à l’émergence des espaces publics oppositionnels. Ces nouveaux espaces semblent s’imposer comme des lieux d’expression de la citoyenneté démocratique. Car ils facilitent la production et la circulation de l’information, et ils permettent la liberté expression. Dans plusieurs Etats africains, Ils ont redéfini les relations et les contrats d’informations entre gouvernants et gouvernés en laissant apparaître désormais des formes d’horizontalités des rapports. Ils semblent avoir donné plus de vitalité au regard citoyen sur la gestion de la chose publique. Ces réseaux sociaux numériques, en tête desquels Facebook, ont permis aux citoyens d’être acteurs dans la production de la matière informative en faisant d’eux des journalistes citoyens. Un exercice de l’activité journalistique qui n’est pas sans conséquence pour le champ médiatique. Dans cet article, nous analysons les impacts de ce journalisme citoyen dans le champ médiatique gabonais avec la montée en puissance des fake news et le problème de crédibilité qu’il pose aux journalistes d’une part. Puis, nous traitons, d’autre part, des modes de consommation de l’information en période électorale dans cet environnement numérique gabonais qui reste marqué par la prégnance de la rumeur. Deux facteurs restent déterminants dans ces nouvelles configurations sociales et politiques. D’abord, la place du citoyen dans le débat politique. Ensuite, son intronisation dans les champs de la communication et de l’information en général et dans l’espace médiatique en particulier. Pour mener cette étude, nous nous sommes appuyés sur une série d’entretiens semi-directifs réalisée auprès des journalistes et des leaders d’opinion. Et nous avons effectué une veille communicationnelle sur la page Facebook Infos Kinguélé en amont et en aval des élections législatives de 2018.
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EN. In Africa in general, and in Gabon in particular, online social networks have contributed to the emergence of oppositional public spaces. These new spaces appear to be establishing themselves as places for the expression of democratic citizenship in that they facilitate the production and circulation of information and allow freedom of expression. In several African states, they have redefined relations and information agreements between governments and citizens and allow forms of horizontal relations to emerge. They seem to have given more vitality to citizens' views on the management of public affairs. These online social networks, led by Facebook, have enabled citizens to be actors in the production of news by giving them the forum to act as citizen journalists. This exercise of journalistic activity is not without consequences for the field of media. In this article, we analyze the impacts of this citizen journalism on Gabonese media with the rise of fake news and the credibility problem it poses for journalists. We also discuss the modalities of news consumption within this Gabonese online environment during the election period, which exhibited a marked prevalence of rumor propagation. Two factors are key in this new social and political configuration: first, the citizen's place in the political debate, and second, its effect on the fields of communication and news in general, and on the media space in particular. To carry out this study, we conducted a series of semi-structured interviews with journalists and opinion leaders and undertook a communication watch on the Facebook page “Infos Kinguélé” before and after the legislative elections of 2018
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PT. Na África em geral, e no Gabão em particular, as redes sociais digitais da Web têm contribuído para a emergência de espaços públicos polarizados. Esses novos espaços parecem estar se estabelecendo como lugares de expressão da cidadania democrática, pois facilitam a produção e a circulação de informações, e permitem a liberdade de expressão. Em vários estados africanos, redefiniram as relações e contratos de informação entre governantes e governados, e agora permitem o surgimento de formas de horizontalidade das relações. Eles parecem ter dado mais vitalidade ao olhar cidadão sobre a gestão da coisa pública. Essas redes sociais digitais, lideradas pelo Facebook, têm permitido aos cidadãos serem atores na produção da matéria informativa, transformando-os em jornalistas cidadãos, um exercício da atividade jornalística não isento de consequências para o campo da mídia. Nesse artigo, analisamos, por um lado, os impactos desse jornalismo cidadão no campo da mídia gabonesa com o surgimento de fake news e o problema de credibilidade que ele representa para os jornalistas. Em seguida, discutimos, por outro lado, os modos de consumo da informação durante o período eleitoral nesse ambiente digital gabonês que permanece marcado pela prevalência de boatos. Dois fatores continuam sendo decisivos nessas novas configurações sociais e políticas. Primeiro, o lugar do cidadão no debate político. Depois, sua entronização nos campos da comunicação e da informação em geral e no espaço midiático em particular. Para conduzir esse estudo, partimos de uma série de entrevistas semiabertas com jornalistas e formadores de opinião. Além disso, realizamos um monitoramento da página do Facebook Infos Kinguélé antes e depois das eleições legislativas de 2018.
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